A ANACOM terminou recentemente análise aos preços das ofertas grossistas suportadas em redes de alta velocidade rurais e concluiu que os preços praticados pela Fibroglobal são muito elevados, pelo que propõe ao Governo a redução dos preços praticados por aquela empresa entre 24% e 55%, consoante o tipo de acesso.
Os preços elevados motivou queixas da NOS e da Vodafone junto da ANACOM, que consideram que a oferta da Fibroglobal não lhes permite oferecer, com rentabilidade positiva, serviços triple-play no mercado de retalho, nomeadamente no segmento residencial. Relativamente à DSTelecom (que explora a rede de alta velocidade rural na zona Norte do País, Alentejo e Algarve), a ANACOM não recebeu quaisquer reclamações dos operadores que utilizam a rede desta empresa que indiciassem a existência de preços discriminatórios ou não razoáveis, além de que existem diferentes operadores que subscrevem a oferta da DST.
De salientar que apenas o operador Meo, pertencente à Altice, conseguiu fazer um contrato com a Fibroglobal para fornecer serviços através da rede. Segundo informações do Publico, a Fibroglobal terá aparentemente ligações a Armando Pereira, sócio português de Patrick Drahi na Altice.
A ANACOM remeteu ainda à Autoridade da Concorrência o conjunto de informações e questões sobre a Fibroglobal de que tomou conhecimento, com vista a serem analisadas por aquela Autoridade. Uma iniciativa levada a cabo no âmbito do dever de cooperação em matérias relacionadas com a aplicação do regime jurídico da concorrência no sector das comunicações eletrónicas e no âmbito do dever de participação de factos suscetíveis de serem qualificados como práticas restritivas da concorrência.