A tecnologia que hoje vemos a ser desenvolvia poderá dar-nos pistas de como será constituído um extraterrestre. Se pensarmos no que temos vindo a fazer no campo da robótica e da inteligência artificial e se pensarmos nas limitações que os seres humanos apresentam para as longas viagens espaciais, então, sem dúvida que numa galáxia distante poderá existir uma civilização evoluída, máquinas que exploram já o universo.
Este é o entendimento que Seth Shostak, diretor do Instituto de Pesquisa por Inteligência Extraterrestre (SETI) na California, tem sobre o tema.
Extraterrestres serão máquina?
O mundo da tecnologia em geral, da robótica e da IA em particular, assim como novas e duradouras fontes de combustível para viagens espaciais podem estar a dar pistas de como serão os extraterrestres que nos podem um dia visitar.
A questão colocada ao especialista na pesquisa de inteligência artificial recebeu uma resposta tão simples que poderá ser aquela que ninguém contava.
Qual será o aspecto de um extraterrestre?
A esta questão, que é tantas vezes feita e tantas vezes exemplificada no mundo da ficção, recebe quase em unanimidade os traços comuns de um ser pequeno, verde, com a cabeça num formato largo e achatado e grandes olhos. Mas Seth Shostak, director do SETI, na Califórnia, não concorda. Este especialista sugere que estamos um pouco desfasados da hipotética verdade. Estes “seres” são de facto máquinas que poderão ter o aspeto de máquinas e é esse o caminho que hoje os terráqueos deste nosso planeta estão a fabricar.
Pensem no que vamos fazer neste século, que é inventar máquinas que pensam. Os extraterrestres provavelmente já fizeram isso, assim os alienígenas reais deverão ser e parecer máquinas.
Respondeu StarTalk num programa de TV apresentado por Neil deGrasse Tyson.
Claro que ele não quer dizer que os extraterrestres andarão ou falarão como os robôs. Em vez disso, o especialistas está a aludir a como num futuro não muito distante, muitos papéis podem ser realizados autonomamente, por alguma forma de inteligência artificial. Talvez, mais longe, essa inteligência artificial possa ter uma maior probabilidade de sobreviver ao seu “criador biológico”, e explorar as próprias estrelas.
O tempo entre ter a tecnologia para sinalizar no espaço e de inventar a inteligência artificial é de apenas alguns séculos – que é incrivelmente curto, cosmicamente falando. Para mim, isso diz que a maioria da inteligência no universo é sintética.
Declaração à publicação IFLScience via email.
Shostak lamentou que quem “avistas estes extraterrestres” tenha sempre a memória descritiva do mesmo tipo de forma de extraterrestre. Segundo ele, por ano há 10 a 20 mil “avistamentos” de OVNIS participados pelos entusiastas deste assunto.