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Exigência do FBI – CEO da Google concorda com posição da Apple

O mundo está ao rubro com o braço de ferro entre a Apple e o FBI. Tudo porque a Apple se recusa a criar uma backdoor de acesso ao iPhone do terrorista acusado do massacre em San Bernardino em 2015.

Agora, o CEO da Google finalmente entra na conversa e concorda com a posição da Apple.

Depois da carta eloquente de Tim Cook, que explicou com toda a clarividência porque razão a Apple não iria ajudar o FBI obter dados criptografados do iPhone do atirador de San Bernardino, a Internet parecia exigir à Google uma posição sobre este assunto.

 

CEO da Google diz que falta mais discussão

Agora, o CEO da Google, Sundar Pichai, publicou cinco tweets que parecem mostrar que ele está de acordo com Cook.

O CEO da Google, passo-a-passo, descreve o que pensa deste assunto por forma a que as pessoas saibam o que está em causa. No primeiro tweet este é claro e decalca as palavra de Tim Cook “Forcing companies to enable hacking could compromise users’ privacy”.

Num segundo momento, Sundar Pichai dá conta que também entende a posição das forças de segurança, mas…

… aqui faz a passagem, isto é, entende que tem a obrigação de desenvolver produtos para manter a privacidade dos seus utilizadores, contudo, se a lei assim obrigar, estes têm que passar informações sobre os utilizadores.

Agora, quando o procedimento obriga as empresas a “minar” o seu próprio sistema, o CEO da Google dá razão a Tim Cook “Could be a troubling precedent”!

Por fim reforça que este é um assunto que requer mais discussão. Como parte interessada, ele sabe que não pode ficar em silêncio.

Nesta conversa também entrou Edward Snowden. Juntou a sua voz à de muitas outras pessoas para deixar uma opinião:

Snowden veio “picar” a Google e deixar mais lenha nesta já quente fogueira. Juntou também mais pessoas à discussão.

Basicamente, ele chama à mesa as empresas com objectivos e interesses comuns. Para a Google esta é uma discussão profunda, isto porque o Android é open source, contudo, a empresa também tem montado em cima dele um grande negócio, o de coleccionar dados dos utilizadores e pode ser complicado para a gigante das pesquisas tomar uma posição. Não há espaço para ficar no meio da ponte.

Há ainda vários responsáveis que devem deixar a sua opinião, como o CEO do Facebook e do Twitter, por exemplo. Além destes há muitos outros que terão de se juntar a um dos lados, parece ser a hora de uma decisão que poderá deixar marcas profundas no que o mundo anda a tentar desviar a atenção: a devassa da privacidade. O CEO e co-fundador do WhatsApp, Jan Koum, já veio a terreiro concordar com a posição tomada pela Apple, deixou mesmo uma declaração de forte apoio.

Afinal parece que Tim Cook pode marcar um virar de página importante…

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