A loucura das subidas das taxas Euribor é uma realidade, mas o cenário vai-se complicar ainda mais em setembro. Se o seu empréstimo está indexado à Euribor a 12 meses e as condições vão ser revistas em setembro prepare-se para um “enorme” aumento.
Euribor a 12 meses: subida pode representar mais de 40%
A EURIBOR (Euro Interbank Offered Rate) é uma taxa de referência e que resulta da média das taxas de juro dos empréstimos feitos entre bancos da zona Euro.
Segundo noticia o Diário de Notícias, a mensalidade do crédito à habitação vai voltar a subir no próximo mês, sobretudo para os contratos indexados à Euribor a 12 meses. De acordo com as simulações da Deco, a prestação pode subir até 230,92 euros, ou seja, mais 40% face aos 573,29 euros pagos há exatamente um ano por um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos (360 meses), indexado ao prazo mais alargado e com um spread (margem de lucro do banco) de 1%.
No caso da Euribor a seis meses, a prestação deverá aumentar para os 798,82 euros, um montante que traduz uma subida de 9,8%, ou seja 70,97 euros, face à revisão feita em março, quando o valor foi atualizado para 727,85 euros.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a 3, a 6 e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro (conforme divulgado na página oficial: Euribor® Panel Banks | The European Money Markets Institute) está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.