Há um caso critico, curioso e perigoso a acontecer no Equador. Alguém está a tentar silenciar a imprensa transformando as Pens USB em armas letais. Os jornalistas receberam estes dispositivos prontos a explodir logo que ligados ao computador.
Transformaram as Pens USB em bombas
É do conhecimento comum que as pens USB podem contaminar os computadores com malware e não se deve ligar ao PC se não forem de confiança. Muito menos no ambiente de trabalho. Contudo, parece agora que alguém inventou uma coisa muito pior para carregar nestes dispositivos do que software malicioso: bombas.
Por mais insana que possa parecer, a verdade é que vários meios de comunicação equatorianos relataram que receberam por correio Pens Drives USB armadilhadas com explosivos. Estas “bombas” foram enviadas a jornalistas de pelo menos cinco redações diferentes, por vezes acompanhados de notas ameaçadoras. As autoridades dizem que as unidades são concebidas para explodir quando um utilizador as liga ao seu computador.
Bomba artesanal incendiária já fez um ferido
Até agora, apenas um jornalista foi ferido como resultado desta campanha de terrorismo. O repórter Lenin Artieda, que trabalha para uma estação de televisão na cidade de Guayaquil, terá ligado a unidade ao seu computador, provocando a uma explosão. Sofreu “ferimentos ligeiros nas mãos e no rosto”, como resultado do incêndio na máquina, relata a France24.
Nos outros casos, os jornalistas ou optaram por não ligar a unidade, ou algo não correu “bem”, pois problemas de hardware parecem ter impedido a ignição dos explosivos. A agência de notícias observa também que os dispositivos USB foram armadilhados com RDX, o agente químico normalmente utilizado no C-4 e outros explosivos plásticos.
Não é claro quem está por detrás da campanha maliciosa, e o governo equatoriano já veio condenar publicamente os incidentes – divulgando uma declaração que diz que “rejeita categoricamente qualquer forma de violência perpetrada contra jornalistas e meios de comunicação social”. Fundamedios, uma organização equatoriana dedicada à proteção da liberdade de imprensa, também emitiu uma declaração condenando os ataques e exigindo que o governo investigue a origem das bombas.
Historicamente falando, as unidades USB têm sido um vetor desonesto para a distribuição de malware. Vários incidentes famosos (incluindo, alegadamente, um que envolveu o Pentágono) têm a reputação de ter começado com alguém a encontrar uma pen drive USB num parque de estacionamento e a tomar a genial decisão de a ligar ao seu computador de trabalho.
Dito isto, há uma distinção bastante clara entre rebentar com um disco rígido ou atentar contra a vida da pessoa. Mas parece haver ainda velhos hábitos enraizados em certas sociedades que tentam calar a imprensa… custe o que custar!