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Esta madrugada… vão chover estrelas do céu!

Já cantava o Rui Veloso ‘Não há estrelas no céu’ e, o motivo, é que vão cair centenas durante esta madrugada!

A chuva de meteoros das Perseidas, como melhor se designa, está visível desde o dia 17 de Julho mas terá o seu apogeu na madrugada do dia 13 de Agosto. Por isso, peguem nos casacos e espreitem pela janela… até que elas comecem a cair!

Se gosta de astronomia, de tudo o que esteja relacionado com o nosso Universo ou simplesmente visualizar momentos únicos, então esta madrugada não vai querer perder a chuva de meteoros das Perseidas ou as tão referidas ‘estrelas cadentes’.

A chuva de estrelas irá ter início já às 23h de hoje, sendo que o auge ocorrerá na madrugada do dia 13 de Agosto, entre as 07:30 e as 10:00 de Portugal.

Mas, como a essa hora já é dia, não iremos conseguir ver todo o explendor desta chuva de estrelas, restando-nos aproveitar o fenómeno durante as horas de menor intensidade.

Créditos: David A. Harley

O Observatório Astronómico de Lisboa deixa uma informação mais detalada sobre o fenómeno:

Este fenómeno é visível anualmente a partir de meados de Julho (o período de visibilidade ocorre entre os dias 17 julho e 24 de Agosto) ocorrendo o seu pico em 13 de Agosto entre as 7h30min  e as 10h00min (Hora Legal) com uma taxa horária teórica em condições perfeitas em torno de 100 meteoros por hora.

Infelizmente não será possível observar o seu máximo em Portugal por ocorrer durante o dia, mas a observação será ainda bastante favorável durante a noite de 12 para 13 de Agosto de 2015, a partir das 23 horas quando a constelação de Perseu aparece acima do horizonte a Nordeste e durante a madrugada nas horas mais escuras de quinta-feira, 13 de Agosto. A Lua também ajuda, pois estará na fase de Lua Nova a 14 de agosto às 15h53min.

A fonte da chuva de meteoros das Perseidas é o cometa Swift-Tuttle. Este cometa percorre uma órbita elíptica com um período de 133 anos, deixando detritos ao longo da sua órbita. Todos os anos por esta altura, a Terra cruza a órbita do cometa, atravessando zonas onde permanecem esses detritos. A última passagem do cometa junto à órbita da Terra ocorreu em 1992, encontrando-se hoje já bastante longe, para além da órbita de Neptuno.

Aconselhamos a ir para o campo, fora das luzes das cidades, com um horizonte desimpedido.

Se o céu se apresentar límpido teremos uma maravilhosa visão do céu… Ver-se-á Saturno (mesmo na constelação de Balança) e as maravilhosas constelações de Verão já aparecerão em todo seu esplendor: Lira, Cisne, Águia, Escorpião, etc..

Note-se que uma mesma chuva de meteoros não tem a mesma intensidade todos os anos, nem é vista da mesma forma de todos os cantos da Terra. Esperamos que este ano haja um bom espetáculo!

É notável que as chuvas de meteoros ocorram aproximadamente na mesma data a cada ano. Tanto é que recebem nomes relacionados às constelações de onde os meteoros parecem surgir (um mero efeito de perspetiva). Perseidas é uma chuva cujos meteoros são vistos como se partissem da constelação do Perseu. A figura seguinte mostra a posição do radiante ao longo dos dias, na constelação de Perseu, perto da forma facilmente identificável da constelação de Cassiopeia, o conhecido “W”.

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