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Portugal: IA avalia a evolução da doença em pessoas com esclerose múltipla

A inteligência artificial (IA) tem apresentado excelentes resultados nos mais diversos projetos onde é usada. Na área da saúde têm sido apresentadas soluções bastante interessantes com vista à deteção, avaliação e tratamento de doenças.

Recentemente o departamento de Imagiologia do Hospital CUF Infante Santo passou a disponibilizar, de modo pioneiro em Portugal, a quantificação de imagem em Ressonância Magnética aplicada à esclerose múltipla e às demências, através de um software inovador, o Icobrain.


Esta tecnologia tem a capacidade de detetar precocemente pequenas novas alterações nos doentes com esclerose múltipla, e avaliar as alterações do volume cerebral em doentes com alterações da memória.

A esclerose múltipla é uma doença importante e ainda mal conhecida. Estima-se que, em Portugal, esta doença atinja cerca de 60 em cada 100 000 habitantes. Contudo, de acordo com um estudo realizado no nosso país, dois terços dos portugueses não sabem o que é a esclerose múltipla.

À escala mundial estima-se que existam cerca de 2.500.000 pessoas com esclerose múltipla e em Portugal mais de 5.000.

De acordo com Tiago Baptista, Neurorradiologista no Hospital CUF Infante Santo…

Até agora fazíamos uma avaliação semiqualitativa, visual: comparávamos os exames antigos e recentes, e tentávamos perceber se tinha ocorrido uma modificação em número ou em volume das lesões cerebrais e, assim, identificar o agravamento da doença.

Para além de ser uma validação morosa, é passível de não ser correta, pois a nossa capacidade de avaliar um volume ou alteração mínima não é tão precisa como a de um computador. Este algoritmo supera este risco e acelera o processo: analisa as imagens obtidas através da Ressonância Magnética e vai precisar, numericamente, se há actividade da doença, ou se, por outro lado, as lesões estão estáveis. Assim, conhecemos a evolução da doença

De acordo com o comunicado enviado ao Pplware, nesta solução são usados “algoritmos aplicados à imagem, sendo possível apoiar com maior precisão o diagnóstico de demência, e, no caso de pessoas que têm esclerose múltipla, permite antecipar a necessidade de ajustar a terapêutica, possibilitando otimizar a qualidade de vida do doente”.

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