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Empresa de Ovar criou “tecido não tecido” que mata vírus em 15 minutos

Foi a 11 de março que a Organização Mundial de Saúde declarou o estado de pandemia por COVID-19. Desde essa altura que os números da doença têm crescido significativamente, apesar de já existirem algumas soluções para tentar controlar a pandemia.

Portugal também está na investigação de soluções e tem até uma vacina que deverá chegar em 2022. Recentemente uma empresa de  Ovar criou “tecido não tecido” (TNT) que mata vírus em 15 minutos.


Tecido não Tecido tem uma eficácia de 99,99%

De acordo com as informações, uma empresa de Ovar criou, em parceria com um laboratório internacional, um filme (TNT, como também se diz no setor) que tem incorporado um agente antimicrobiano que mata bactérias e vírus como o SARS-CoV-2, Segundo fonte da Elastictek – Indústrias de Plásticos revelou ao DN/JN que “ensaios realizados num laboratório independente nível III apontam para a eficácia da solução ao desativar 99,99% da atividade viral em 15 minutos”.

O filme em questão permitirá que as empresas de confeção produzam vários tipos de roupa, como, por exemplo, “batas, fatos de proteção e outros produtos de proteção individual com fortes propriedades antivíricas e antibacterianas, inibindo desta forma a atividade viral presente tanto em ambiente social como em ambiente hospitalar”, refere a empresa, que começa nesta semana a comercializar o produto, tendo uma capacidade de produção diária de 200 mil metros quadrados de “tecido”, o suficiente para fazer, por exemplo, 50 mil fatos de proteção individual.

Além de inativar o vírus, este material é também reciclável. Esta era uma das prioridades da empresa que emprega 70 funcionários.

Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) elogiou ao DN/JN, elogiou a aposta em antivirais e diz que é um dos caminhos do futuro. “Tudo o que é introdução de funcionalidades nos tecidos, seja na área da saúde ou no desporto, por exemplo, é diferenciador e tem mais valor no mercado”.

César Araújo da Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confeção (ANIVEC) considera que estes novos tecidos não tecidos com alta tecnologia associada “são mais um passo para Portugal e a Europa deixarem de estar reféns e dependentes dos produtos asiáticos”, lembrando que 85% de toda a roupa consumida na Europa tem proveniência naquele continente. “Somos o caixote do lixo da Ásia”, refere.

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