A Polícia Judiciária (PJ) realizou, na Área Metropolitana do Porto, uma operação policial para execução de 23 mandados de busca e apreensão e 13 mandados de detenção, por indícios da prática de crimes informáticos e económico-financeiros transnacionais, que permitiram ganhos ilícitos superiores a um milhão de euros.
PJ: dinheiro obtido através desta prática ilícita tinha proveniência em bancos portugueses
A investigação da Diretoria do Centro iniciou-se no corrente ano e visava um grupo organizado transnacional que se dedica à prática dos crimes de burla qualificada, burla informática e nas comunicações, abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento, falsidade informática, acesso ilegítimo e branqueamento de capitais, através de modus operandi conhecidos como “Phishing” e “CEO Fraud”.
Refira-se que as campanhas de “CEO Fraud” caracterizam-se, essencialmente, pelo envio de emails ou mensagens de texto em que um agente malicioso, fazendo passar-se por uma entidade relacionada de alguma forma com a organização alvo, faz pedidos de natureza financeira a colaboradores dessa mesma organização, podendo conduzir estes a realizar transferências bancárias para contas associadas ao atacante.
Foi possível concluir que o dinheiro obtido através desta prática ilícita tinha proveniência em bancos portugueses, burlando várias empresas portuguesas.
O dinheiro circulava através de contas nacionais, especificamente criadas para rececionar estes fundos, que eram imediatamente dissipados para outras contas bancárias nacionais e estrangeiras ou utilizados para aquisição de artigos de elevado valor ou de luxo.
A operação “e-Phishing” contou ainda com a colaboração da Diretoria do Norte, do Departamento de Investigação Criminal de Braga e da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática.