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Discos SSD perdem dados se estiverem alguns dias sem energia

Falar de discos não é um tema propriamente sexy nem é uma conversa que vá atrair a atenção dos que procuram uma boa história de espionagem e enredo amoroso, mas na verdade todos nós, de algum modo e nalgum dispositivo, dependemos dos discos que nos guardam dados importantes.

Actualmente uma das bandeiras no que toca aos discos são os SSD (solid-state drives) que são mais rápidos e de obviamente de alojarem com longevidade os nossos dados… ou não!!! NÃO!????

A verdade é que há novidades que provam que os discos SSD podem não ser de confiança! Uma nova pesquisa sugere que os discos SSD mais recentes, que são mais rápidos e oferecem um melhor desempenho, são vulneráveis a uma falha inerente – estes perdem os dados quando são deixados em estado “dormente”, isto é, quando não estão ligados à energia por um determinado período de tempo em que a temperatura não está devidamente regulada.

 

Mas de quanto tempo estamos a falar?

Pois esse é um dos grandes problemas. Aqui o tempo pode ser de semanas, meses, mas nalgumas circunstâncias em apenas poucos dias os dados podem desaparecer por completo. Isto é um golpe profundo no conceito criado nesta indústria que diz claramente que os discos SSD são melhores que os discos rígidos mecânicos pois estes últimos são mais lentos e mais susceptíveis de avariar, enquanto os SSD poderiam durar para sempre, a não ser que tivessem as baterias ao lado e estas derramassem o seu ácido sobre os chips dos discos.

 

Numa apresentação recente feita pelo fabricante de discos rígidos Seagate, o seu Chairman, Alvin Cox, alertou que o período de tempo de armazenamento dos dados num disco SSD cai para metade sempre que a temperatura aumenta  5°C  dentro do dispositivo!

Isso significa que se uma unidade SSD é armazenada numa sala quente, digamos 25°C, os seus dados podem durar cerca de dois anos. Mas, se subir alguns graus, por exemplo para 30°C, o período de armazenamento dos dados cai para metade!

Cox deixou contudo algumas palavras que podem tranquilizar os consumidores, pois como ele referiu, as unidades que equipam os dispositivos de alto desempenho e de determinados portáteis, como os MacBooks da Apple, por exemplo, foram concebidos para conservar os dados por um período de dois anos, tendo em conta a estrutura onde estão montados e como estão de certa forma salvaguardados dentro do espaço que ocupam.

Os SSD que correm maior risco são os corporativos/empresariais, os que não estão talhados para determinados ambientes nem foram estudados os aspectos ambientais que envolvem as estruturas que os suportam. Aí um aumento moderado de apenas 5°C na temperatura do espaço onde uma unidade SSD está instalada poderá fazer um estrago maior… bem maior.

Mas este cenário mais pessimista é pintado porque está a crescer a utilização desta tecnologia de forma mais generalizada e há dados/informações que são de armazenamento temporário, mas há também outro tipo de informação que se pretende que fique anos…. muitos anos guardada. Será que os discos SSD em condições muitas vezes desleixadas podem não garantir essa condição?

Podemos então concluir que se mantivermos os SSD numa temperatura razoável, há uma forte probabilidade de termos essa condição garantida. Contudo, segundo os especialistas e como escreve Don Allison num post dedicado ao tema “SSD Storage – Ignorance of Technology is No Excuse”, se queremos mesmo ter segurança dos dados guardados no SSD, temos de gravar o conteúdo num disco mecânico e sabemos que estamos safos.

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