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Death Clock: a nova app que afirma saber quando as pessoas vão morrer

Pode parecer um bocado tétrico, mas a verdade é que há uma nova app que afirma poder dizer com alguma precisão quando é que o utilizador vai… morrer. A aplicação está a gerar alguma controvérsia, mas os criadores dizem tratar-se de um incentivo para as pessoas adotarem comportamentos mais saudáveis.


Death Clock: seja saudável ou…

Chama-se Death Clock, está disponível para Andoid e iOS, e é uma aplicação que está a gerar polémica e curiosidade ao afirmar que consegue prever a data da morte dos seus utilizadores.

Basicamente o que acontece é que através de um algoritmo que analisa fatores como saúde, estilo de vida e histórico familiar, assegura adivinhar a expectativa de vida de quem a consulta. No entanto, esta proposta tem vindo a levantar uma série de questões éticas e práticas sobre o impacto de tal informação na vida das pessoas.

A aplicação funciona pedindo aos utilizadores que forneçam dados pessoais detalhados, como idade, peso, altura, hábitos alimentares e de exercício, histórico médico e familiar (como doenças hereditárias) e hábitos de vida, como consumo de álcool, tabaco e níveis de stress.

Com base nesses dados, o algoritmo utiliza modelos estatísticos e informações de estudos médicos para calcular uma data aproximada de morte. A ideia é dar às pessoas uma perspetiva sobre quanto tempo têm para viver, com o objetivo de as encorajar a fazer escolhas mais saudáveis.

Os criadores do Death Clock defendem que a app não deve ser encarada como uma “sentença de morte”, mas sim como um incentivo para melhorar o bem-estar físico e mental. A aplicação também oferece recomendações para aumentar a longevidade, como melhorar a dieta ou praticar mais exercício físico.

Porquê criar uma app destas?

O principal objetivo do Death Clock é fazer com que as pessoas tenham consciência sobre a mortalidade, encorajando-as a aproveitar melhor o tempo que têm. A verdade é que muitas pessoas ignoram os fatores que podem impactar negativamente a sua saúde e que esta aplicação pode ser um “despertar” para uma vida mais saudável.

Não obstante a polémica, o conceito não é inteiramente novo. A ideia de calcular a expectativa de vida tem sido explorada em estudos médicos e ferramentas online há anos. Contudo, o que diferencia esta app é acessibilidade.

Críticas e controvérsias

Apesar da curiosidade inicial, o Death Clock tem gerado críticas de especialistas e do público. Primeiro, pelo seu impacto psicológico, já que receber uma data específica para a morte pode ser angustiante ou causar ansiedade desnecessária. Depois há a questão da precisão, ou seja, embora a app utilize dados médicos e estatísticas, a previsão da morte é altamente especulativa.

Dito de outra forma, fatores como acidentes ou doenças inesperadas não podem ser previstos por um algoritmo.

Há também questões éticas a considerar, já que muita gente considera a ideia insensível ou exploradora, especialmente porque o Death Clock é uma aplicação paga (nalgumas plataformas), o que levanta suspeitas de que a mortalidade humana esteja a ser usada para fins lucrativos.

Finalmente há também o risco da obsessão, ou seja, o perigo de algumas pessoas ficarem obcecadas com a data estimada, alterando as suas rotinas de forma prejudicial ou deixando de viver o presente com normalidade.

Apesar das críticas, suscita uma questão filosófica relevante: como reagiríamos se soubéssemos quanto tempo nos resta? Para alguns, esta informação pode ser motivadora, encorajando mudanças positivas no estilo de vida. Para outros, pode ser paralisante ou causar um medo constante.

Está mesmo disponível para avançar com uma previsão do seu tempo de vida no Death Clock?

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