O mundo da tecnologia, tal como tudo tem o seu lado bom, e o seu lado mau. E os serviços que nos põe à disposição podem, facilmente, aliciar para criticarmos e humilharmos o outro.
Este tipo de comportamento é o que hoje se chama de CyberBullying. Cyber por acontecer num meio tecnológico. Bullying foi um conceito que apareceu recentemente, mas o comportamento que nele está adjacente sempre existiu, nomeadamente nas escolas.
Segundo a psicóloga Ana Tomás Almeida, o Bullying ocorre “quando se pensa existir perseguição e humilhação prolongada por parte de uma ou mais pessoas que se servem do seu poder para intimidar outro mais fraco que passa a ser vitima num relacionamento em que, precisamente o poder e a desigualdade dificultam que a ultima se proteja.”
No entanto, com o aparecimento e uso das tecnologias, nomeadamente das redes sociais da Internet, apareceu o Cyberbullying, onde os agressores aproveitavam, por exemplo, as fotos das vítimas para difamarem a sua imagem, ou o e-mail do msn.
Cyberbullying é, segundo Belsey, o uso e difusão de uma informação para fins difamatórios, em formato electrónico, através de meios de comunicação como e-mail, SMS, MSN ou Rede Sociais (FaceBook, HI5, etc), em plataformas electrónicas, de difusão de conteúdos, onde um individuo ou grupo pretendem, de forma deliberada e repetida, causar mal estar a outro.
A grande diferença do Bullying para o Cyberbullying é que neste, o agressor vale-se das tecnologias para se manter no anonimato.
É importante que pais, professores a amigos da vítima de Bullying e Cyberbullying estejam atentos aos sinais desta agressão, tais como:
- Isolamento;
- Decréscimo no rendimento académico ou profissional ou aumento das horas de estudo [atenção virada para uma tarefa];
- Não querer estar com amigos e colegas
- Não querer sair de casa
- Não atender o telefone
- Outros.
Existem medidas que se podem realizar para combater este tipo de agressão. Ao mais pequeno sinal de Cyberbullying, é bom que as tenhamos em mente:
Reportar a Agressão
Em vários sites e redes sociais, há a opção de “Reportar Abuso”, que serve para comunicarmos que algo naquele local não está a funcionar conforme os termos e regras estabelecidos, ou alguma informação e conteúdo é difamatória.
Coloque o Computador num local comum
O simples facto de o Computador estar num local onde toda a gente passa, previne que muitas vezes se deixe que os agressores vão mais longe. Principalmente em crianças, que são mais inocentes e não têm tantas defesas, assim sempre podem ter um adulto por perto a verificar o que se passa online. E caso suceda algo, deve-se conversar com a criança e explicar-lhe que ela não tem o direito de ser humilhada e agredida.
Não partilhar dados pessoais
Apesar de ser algo se já se devia saber, ainda há quem partilhe dados pessoais, como fotos e nº de telemóvel à disposição no Facebook, e isso facilita a vida aos agressores.
Guardar as mensagens de Cyberbullying
Podem não ser muito agradáveis de ler, mas são uma prova caso o assunto se torne mais problemático e necessite da intervenção de entidades especializadas.
Mude de e-mail
Quando sentir que estão a usar o seu e-mail em sites, mude-o. Isto aplica-se também a passwords, contas de redes sociais, etc..
Fontes: