Há uma grande necessidade de instalar nas cidades os chamados “carregadores rápidos”. A EDP, a Mobilectric e a Prio, que participaram no concurso para operar carregadores rápidos nas cidades, têm até dia 8 de Janeiro para instalar os equipamentos.
O preço de cada carregamento rápido resultante do concurso irá variar entre 1,5 e 3 euros.
Segundo informações veiculadas pelo Público, há já novos resultados para fornecer carregadores rápidos nas principais cidades portuguesas. Depois deste concurso público ter sido repetido, haverá até dia 8 de Janeiro a necessidade de instalar 14 pontos de carregamento rápido explorados pelas entidades que ganharam.
A entrega de lotes coube à Prio, à EDP e à Mobilectric (empresa de mobilidade eléctrica do grupo C. Santos, que comercializa a marca Mercedes em Portugal). Estas empresas têm até início de Janeiro, segundo avançou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, para disponibilizar o serviço de carregamento rápido aos vários modelos de automóveis que já existem nas estradas nacionais.
E o Preço?
Segundo o ministro, do concurso resultou o preço de cada carregamento rápido entre 1,5 e 3 euros, frisando que usar um carro eléctrico terá um custo “incomparavelmente mais baixo” do que utilizar um veículo convencional. Esta nova medida irá beneficiar, para já, cerca de 4500 a 5000 carros eléctricos a circular em Portugal, como referiu Henrique Sanchez, da Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos (UVE).
A EDP ganhou 5 lotes no concurso da Mobi.e, que deverá instalar nas cidades de Aveiro, Évora, Valença, Viana do Castelo e Vila Real. A EDP acrescentou que “tem previsto instalar mais uma série de carregadores rápidos em locais estratégicos, no âmbito de um programa de médio prazo mais amplo”.
Por sua vez, a Prio ficou-se por um posto de carregamento, o de Coimbra. Quem conseguiu arrebatar oito lotes foi a Mobilectric, a empresa do grupo C. Santos. Nesta segunda versão do concurso (onde o critério preço se mantinha como o principal), a empresa garantiu os lotes nos maiores centros urbanos: dois em Lisboa e ainda Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Braga, Cascais e Loures.
8 carregadores extra nas áreas de serviço
Segundo o ministro do Ambiente, 8 de Janeiro é a “data limite” para que estes carregadores sejam instalados nas cidades, ainda assim, poderá haver “uma probabilidade elevadíssima de, até essa data, se instalarem mais oito carregadores nas áreas de serviço das auto-estradas”, para que o trajecto Porto/Lisboa “possa ser feito com toda a naturalidade”.
Assim, segundo o ministro, no início do ano haverá “garantidamente 35 carregadores instalados” na rede piloto de carregamentos rápidos, ficando, contudo, aquém do objectivo fixado pelo Governo, os tais 50, até ao final deste ano.
Por que falhou este objectivo?
Matos Fernandes reconhece que a negociação “nem sempre tem sido completamente pacífica”, porque muitos concessionários das estações de serviço ainda olham para a mobilidade eléctrica “como um potencial concorrente” ao seu negócio. Por isso mesmo, o ministro do Ambiente admite que o resultado do projecto-piloto de carregadores rápidos possa ficar abaixo dos 50 previstos inicialmente.
Utilizador começará a pagar no final do 1º trimestre
Segundo as palavras do ministro do Ambiente “O investimento que as empresas estão a fazer nos carregadores rápidos tem a nossa garantia de que os carregamentos passarão a ser cobrados”, disse Matos Fernandes. Como a cobrança só pode ser feita quando o projecto-piloto estiver concluído, e o calendário do Governo define que “o mais tardar, no final do primeiro trimestre de 2017”, os carregamentos começarão a ser pagos, o fecho do projecto-piloto “não passará nunca de Fevereiro, Março”.