Atualmente existem vários tipos de testes para a COVID-19 disponíveis no mercado. Os testes rápidos de antigénio têm vindo a ter uma enorme procura, tendo sido registado o maior número de testes realizados a 7 de abril, segundo dados da Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Este tipo de testes podem ser realizados em pequenas séries, com baixa complexidade de execução técnica e permitem a obtenção de resultados num período de tempo curto (entre 10 a 30 minutos).
Os testes de pesquisa de antigénio desenvolvidos para o diagnóstico do SARS-CoV-2, são testes maioritariamente imunocromatográficos que detetam proteínas específicas do vírus SARS-CoV-2, produzidas pelo vírus replicante no trato respiratório.
A realização destes testes implica a colheita de amostras do trato respiratório (normalmente, exsudado da nasofaringe) que não necessitam de ser submetidas ao processo de extração de ácidos nucleicos.
34 mil testes rápidos de antigénio num só dia
O recurso a testes rápidos de antigénio está a aumentar em Portugal, tendo sido atingido o maior número de testes realizados a 7 de abril. Segundo dados do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), foram realizados mais de 34.000 realizados nesse dia.
Foi o dia em que fizemos mais testes rápidos de antigénio desde o início da pandemia, correspondendo a 55% do total de testes feitos” no país nessa data, disse à agência Lusa Cristina Abreu Santos, do INSA.
Os dados mostram que houve “um maior recurso a estes testes rápidos de antigénios, sobretudo, em contexto de rastreios que estão a ser feitos no país”, como, por exemplo, nas escolas e em locais de maior risco de transmissão em meio laboral, adiantou.
Fazendo um balanço do número de testes realizados em 13 meses de pandemia, Cristina Abreu Santos revelou que foram realizados, entre 1 de março do ano passado e 7 de abril de 2021, cerca de 9,4 milhões de testes PCR e rápidos, quase o número da população portuguesa. O maior número de testes foi realizado no passado dia 22 de janeiro, quando Portugal estava no pico da terceira vaga, ultrapassando os 77 mil e agora está a realizar valores semelhantes.
Os testes rápidos de deteção de antigénio devem ser utilizados de acordo com a situação clínica, epidemiológica e objetivo para o qual se destinam, nomeadamente para deteção de casos da Covid-19 de forma rápida. De acordo com a DGS, Infarmed e INSA, o seu desempenho destes testes “depende muito do contexto, clínico e epidemiológico, em que são utilizados, sendo recomendada ponderação e reserva na sua utilização em casos sem critérios clínicos e epidemiológicos”.
A utilização de Testes de antigénio leva a que seja obtida “uma maior sensibilidade” quando são realizados em indivíduos sintomáticos e numa fase inicial da infeção (casos com início dos sintomas inferior a 5-7 dias), período em que a carga viral no trato respiratório superior é mais elevada.