Depois de um alívio de restrições, onde se inclui a não obrigatoriedade de máscaras em alguns locais, o Governo deixa cair agora o apoio monetário aos testes COVID-19.
Os testes de despiste da COVID-19 realizados nas farmácias e nos laboratórios deixam de ser gratuitos a partir de domingo, tendo em conta a “evolução positiva” da pandemia no país, segundo anunciou hoje o Ministério da Saúde.
COVID-19: em Portugal foram feitos milhões de testes gratuitos
De acordo com Marta Temido, ministra da Saúde, “Face à evolução positiva da situação epidemiológica de COVID-19 em Portugal e considerando a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde, deixa de ser promovida a intensificação da realização de testes para deteção do SARS-CoV-2”.
A portaria que estabeleceu este regime excecional e temporário de comparticipação, encontra-se em vigor apenas até sábado e “não voltará a ser prorrogada”.
Mais de 1.400 farmácias, quase 720 laboratórios de análises clínicas e cerca de 150 outras entidades autorizadas pela Entidade Reguladora da Saúde aderiram a este regime de comparticipação dos testes rápidos antigénio (TRAg) de uso profissional. Essa comparticipação tinha cessado em outubro de 2021, numa altura em que Portugal estava próximo de atingir os 85% da população totalmente vacinada, mas foi reativada devido ao agravamento da situação epidemiológica, com o aumento de casos de COVID-19 e dos internamentos registados a partir do final do ano.
Segundo dados disponibilizados hoje à Lusa pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em novembro de 2021 foram realizados cerca de 1,5 milhões de testes – incluindo PCR e TRAg -, passando para os cerca de 5,4 milhões em dezembro.
Em janeiro deste ano, o total de testes diagnóstico do SARS-CoV-2 aumentou para os 7,9 milhões, baixando para os 3,6 milhões em fevereiro e para os 1,7 milhões em março. Desde o final de 2021 a taxa de positividade dos testes tem vindo a aumentar, passando dos 4,44% registados em novembro de 2021 para os 21,98% de março deste ano.