Com o número de novos casos de COVID-19 a aumentar significativamente, é preciso avançar com medidas mais drásticas e soluções que ajudem a controlar a pandemia. Nesse sentido, Portugal vai, na próxima semana, começar a distribuir testes rápidos de deteção de antigénio.
Os resultados destes testes são obtidos em minutos, mas a probabilidade de se obterem “falsos positivos” é grande.
Os testes de pesquisa de antigénio desenvolvidos para o diagnóstico do SARS-CoV-2, são testes maioritariamente imunocromatográficos que detetam proteínas específicas do vírus SARS-CoV-2, produzidas pelo vírus replicante no trato respiratório. A realização destes testes implica a colheita de amostras do trato respiratório (normalmente, exsudado da nasofaringe) que não necessitam de ser submetidas ao processo de extração de ácidos nucleicos.
COVID-19: Testes de antigénio na próxima semana…
Os testes podem ser realizados em pequenas séries, com baixa complexidade de execução técnica e permitem a obtenção de resultados num período de tempo curto (entre 10 a 30 minutos) sendo, na maioria dos casos, de leitura visual ou de leitura ótica em equipamento portátil.
Os testes rápidos de deteção de antigénio devem ser utilizados de acordo com a situação clínica, epidemiológica e objetivo para o qual se destinam, nomeadamente para deteção de casos da Covid-19 de forma rápida. De acordo com a DGS, Infarmed e INSA, o seu desempenho destes testes “depende muito do contexto, clínico e epidemiológico, em que são utilizados, sendo recomendada ponderação e reserva na sua utilização em casos sem critérios clínicos e epidemiológicos”.
A utilização de Testes de antigénio leva a que seja obtida “uma maior sensibilidade” quando são realizados em indivíduos sintomáticos e numa fase inicial da infeção (casos com início dos sintomas inferior a 5-7 dias), período em que a carga viral no trato respiratório superior é mais elevada.
Esta nova geração de testes rápidos de deteção de antigénio tem características melhoradas (com sensibilidade superior a 90%, de acordo com a informação do fabricante), coloca os testes 2/3 rápidos de deteção de antigénio como uma escolha válida para a realização do diagnóstico de casos suspeitos de COVID-19.
Em Portugal são aceites os testes que apresentem os padrões de desempenho com valores de sensibilidade superior ou igual a 90% e de especificidade superior ou igual a 97% (saber mais aqui). De acordo com a Nature, ao contrário dos testes PCR, os testes de antigénio não são tão precisos.