O mundo e, em muito especial, os portugueses têm colaborado imenso com soluções para ajudar no combate à pandemia. Além das soluções tecnológicas, há também instituições de ensino superior/investigação e até a marinha a produzirem equipamentos médicos muito importantes.
Desta vez a FEUP anunciou que criou um concentrador de oxigénio de baixo custo em resposta à COVID-19.
Este é mais um projeto Made in Portugal, mais concretamente da Universidade do Porto para o combate à pandemia. Desta vez trata-se de um concentrador de oxigénio de baixo custo que tem como objetivo adiar a necessidade de os doentes recorrerem ao ventilador. O desenvolvimento é da responsabilidade do Laboratório de Engenharia de Processos, Ambiente, Biotecnologia e Energia (LEPABE) da Faculdade de Engenharia da U.Porto (FEUP).
O que é um concentrador de Oxigénio?
Os concentradores de oxigénio são dispositivos que purificam oxigénio a partir do ar atmosférico, fornecendo oxigénio com uma pureza até 95 %. São dispositivos que podem assumir um papel importante em locais onde não existe acesso à rede de gases hospitalar (como o caso de hospitais de campanha) ou ainda em pacientes que necessitem de cuidados respiratórios domiciliários.
O protótipo desenvolvido pela equipa de Adélio Mendes – em parceria com a empresa Paralab e com o apoio de Lígia Lopes, investigadora do Design Studio da FEUP, na componente de design industrial.
A equipa tem estado em permanente contacto com vários anestesiologistas do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO) e um médico do Hospital de Santo António que foi quem motivou a reunião deste grupo multidisciplinar, numa primeira fase. “No caso de um hospital, à partida, o oxigénio está garantido através da rede de gases. No entanto, no caso de hospitais de campanha pode não existir essa possibilidade”, alerta Adélio Mendes.
Ainda segundo o investigador da FEUP, “um concentrador tanto pode ser dimensionado para uso individual (há doentes crónicos que têm concentradores em casa), como para administrar oxigénio a vários pacientes em simultâneo”, o que reforça a importa deste equipamento em contexto de pandemia como o que estamos a viver.