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E agora CTT? Correios espanhóis vão fazer entregas em Portugal

A companhia estatal Correos deu a saber que vai iniciar um processo de internacionalização e pretende entrar no mercado de serviços financeiros. Como estratégia, nesta primeira fase da internacionalização, a companhia vai começar por Portugal e tem também o sudeste asiático como objetivo.

Será a Correos um concorrente de peso para os CTT Portugal?


A companhia estatal Correos, que é detida 100% pelo estado espanhol, quer ter o seu serviço disponível em outros países e Portugal será o primeiro país onde a companhia se irá fixar. A Correos promete entregar encomendas em toda a Península Ibérica no prazo máximo de 24 horas.

De relembrar que a Correos  fechou o ano de 2018 com prejuízos a rondar os 150 milhões de euros e a estratégia para voltar aos lucros passa pela sua internacionalização.

Em declarações ao jornal espanhol CincoDías, o presidente da Correos Juan Manuel Serrano da Correos referiu que…

Atualmente a Correos só opera em território nacional e para construir a nossa posição é necessário ir além forneiras. Precisamos de crescer internacionalmente e o Sudeste asiático é o principal ponto de origem de encomendas a nível mundial, com um volume cada vez maior

A Correos é uma empresa estatal e não está presente no setor financeiro tal como acontece com os CTT. No entanto, a companhia espanhola quer tal cenário.

E agora CTT?

Com uma quota de 90% nas cartas, os CTT, através do seu Presidente Francisco Lacerda, têm noção que este segmento está completamente em queda e, nesse sentido, existem pretensões de conseguir aumentar a quota no mercado das encomendas.

Os CTT já têm a distribuição da Amazon em Espanha, mas não em Portugal, o que acontecerá um dia destes, segundo referiu o Presidente dos CTT o ano passado.

A operação dos CTT ao nível das encomendas ainda apenas acontece em Espanha, através da sua participada Tourline Express. As encomendas chegam atualmente aos portugueses através de transportadoras espanholas, como é o caso da Seur. Os CTT preveem um corte de 800 postos de trabalho até 2020, no entanto, por agora o valor global de trabalhadores mantém-se nos 12 mil.

Os CTT têm criado algumas parceiras interessantes, como foi o caso com a AliExpress e com a Sonae.

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