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Coreia do Norte ataca Sul com balões de lixo. Conflito está a afetar as viagens aéreas

A Coreia do Sul foi invadida por cerca de 500 balões cheios de lixo provenientes da Coreia do Norte. Esta situação, que tem sido recorrente, causou perturbações significativas, nomeadamente nas viagens aéreas, e levantou preocupações de segurança.


Numa ação que integra uma guerra de propaganda em curso iniciada por Pyongyang contra os desertores e ativistas norte-coreanos na Coreia do Sul, esta foi invadida por cerca de 500 balões de lixo. Estes ativistas, que a Coreia do Norte vê como uma ameaça ao seu controlo da informação e regime rigoroso, enviam, com frequência, balões que transportam folhetos anti-Pyongyang, medicamentos, dinheiro e pen drives com vídeos de K-pop e peças.

Um temporizador está ligado aos balões de lixo, o que tem o efeito de rebentar os balões e espalhar o lixo após um determinado período.

Explicou Lee Sung-jun, porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Até ontem, a Coreia do Sul tinha descoberto 480 balões, contendo principalmente resíduos de papel e plástico, a aterrar em todo o país.

 

Balões de lixo da Coreia do Norte preocupam o Sul

Esta tomada de posição tem afetado gravemente as viagens aéreas. Conforme noticiado, na quarta-feira à noite, um suposto avistamento de balões obrigou o aeroporto de Gimpo, em Seul, a suspender as descolagens e aterragens durante duas horas, segundo um funcionário da Korea Airports Corporation.

Também o Aeroporto Internacional de Incheon sofreu várias interrupções devido a estes balões nas últimas semanas.

Alegadamente, na província de Gyeonggi, perto de Seul, um balão provocou um incêndio no telhado de um edifício residencial.

Segundo as forças armadas sul-coreanas, os balões de lixo são concebidos para espalhar o lixo e potencialmente provocar incêndios.

Embora se acredite que a Coreia do Norte não possui a tecnologia necessária para atingir os locais, com precisão, por via destes balões, a ameaça preocupa as autoridades.

Algumas das centenas de balões lançados pela Coreia do Norte aterraram no complexo presidencial por coincidência. A Coreia do Norte não dispõe de tecnologia para lançar balões com precisão sobre determinados alvos.

Partilhou Jung Chang Wook, diretor do grupo de reflexão Korea Defense Study Forum, em Seul, explicando que, para essa precisão, seria necessário um dispositivo de navegação GPS e um sistema de energia, que a Coreia do Norte não possui.

Assim sendo, é provável que os balões tenham caído em Seul devido a fatores calculados, como o peso dos sacos do lixo, o volume de ar nos balões e as condições meteorológicas.

Além disso, Lee Illwoo, um perito da Rede de Defesa da Coreia do Sul, acrescentou que os ventos fortes, em Seul, impossibilitariam a Coreia do Norte de atingir locais específicos através de balões.

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