A informação nos dias de hoje está cada vez mais em formato digital e, como seria de esperar ,a informação critica não é diferente da restante. Nesse sentido, é importante que a informação seja protegida de alguma forma, dificultando que a mesma seja perceptível por pessoas mal-intencionadas. Nesse sentido, a criptografia assume hoje em dia um papel fundamental sistemas informáticos seguros.
Hoje vamos saber um pouco mais sobre a história da criptografia.
O que é a Criptografia?
A criptografia é por muitos considerada uma ciência, uma ciência de escrever um texto de modo impercebível pelo adversário. Desde sempre que o homem sentiu a necessidade de proteger as suas ideias ou até as informações que ele partilhava, como por exemplo, em tempo de guerra é importante que uma ordem de ataque ou movimentação não seja interceptada pois pode comprometer o mesmo movimento. Nos dias de hoje a criptografia tornou-se algo que não se resume apenas a fins militares. A criptografia deve ser usada sempre que há informação importante a viajar num meio que pode ser acedido por qualquer um, deste modo tornou-se uma peça fundamental da transmissão de informação na Web atual pois diariamente passa inúmera informação importante nessa “terra de ninguém”.
Nós estamos habituados a utilizar a criptografia diariamente em vários sítios embora raramente se tenha noção disso como por exemplo na informação que viaja entre o nosso PCe o router wi-fi lá de casa, se por algum motivo vocês conseguissem ver os caracteres que viajam pelo ar das nossas casas não seria possível de ler pois o mesmo vai cifrado.
História da Criptografia
A criptografia já é conhecida desde à vários séculos muitas vezes associadas as praticas militares. As primeiras mensagens criptografadas consistiam na substituição de simples caracteres de uma mensagem ou de um determinado modo de adulterar as posições do caracteres de modo a que não fosse possível ler o texto sem o reordenar de uma dada forma.
Desde então a arte da criptografia e criptoanálise tem estado sempre a par das mais variadas tecnologias, iremos descrever então aqui as duas grande vertentes da criptografia na história.
(a) Criptografia Clássica
A criptografia clássica tal como o nome indica é a criptografia mais antiga conhecida pelo homem. Esta técnica andava de mão dada com as atividades militares e a sua força contra possíveis ataques dependiam unicamente do secretismo, isto é, do conhecimento do algoritmo necessário para a desencriptação da mensagem.
Um dos mais antigos algoritmos de cifragem conhecidos e talvez também o mais simples de perceber nesta fazer é a Cifra de Cesar que foi chamada assim em homenagem ao imperador Romano que imperava na Época. Este algoritmo era algo tão simples como fazer um shift de 3 caracteres de para a esquerda para cifrar e voltar a fazer o mesmo para a direita para decifrar.
Como é fácil de perceber alguém que soubesse este segredo poderia ler todas as mensagens que por ele passassem não tornando a técnica muito segura mas claramente mais segura que enviar o texto limpo.
Mensagem antes de Cifrar:
“O meu primeiro Criptograma”
Mensagem após a Cifragem:
“L IBR MOFIBFOL ZOFMQLDOVIV”
(b) Criptografia Moderna
O nascimento da criptografia moderna foi durante a segunda guerra mundial. Numa era tensa em que a informação sobre possíveis alvos/bases era cada vez mais crucial de manter secreta foi necessário o desenvolvimento algo capaz de fazer esse trabalho.
Foi nesse caso que os Alemães se destacaram e desenvolveram uma máquina conhecida por “Enigma” que não era mais que uma máquina de Rotores em que cada Rotor fazia algo tão simples como a substituição de uma letra por outra tal como na cifra de César apresentada anteriormente.
Então o que fez esta máquina tão especial?
O “Enigma” tinha a vantagem de ter vários rotores colocados em paralelo (inicialmente 3) e numerados em numeração Romana de I a III e era garantido que o substituto de cada carácter era diferente em cada Rotor. De seguida o sujeito que escrevia a mensagem deveria inserir num mecanismo de existente na máquina que servia para escolher a posição de arranque dos rotores, ou seja, esta seria a chave da mensagem e como tal deveria ser partilhada entre os dois interlocutores.
De modo a tornar esta máquina o mais segura possível o rotor era alterado a cada tecla premida voltando ao rotor I no após o III (no caso da maquina de 3 rotores). Este tipo de técnica embora tenha sido muito avançada para a época tinha um enorme perigo que seria o caso de duas mensagens iguais serem interceptadas seria possível ver a relação entre o 1º e 3º, 2º e 5º caracter e assim sucessivamente.
Devido a este facto mais tarde foram introduzidas no exército máquinas com 4 e 5 rotores tornando mais difícil a percepção de mensagens interceptadas.
Durante a segunda guerra mundial o exercito Inglês juntamente com o Francês tinha uma unidade especial para decifrar as mensagens interceptadas provenientes do Enigma de seu nome Ultra, ainda hoje há quem afirme que a unidade Ultra conseguiu a decifragem mas devido ao secretismo do seu sucesso os Alemães nunca o souberam e continuando a usar o Enigma dando assim uma enorme vantagem aos aliados o que pode ter levado à vitória.
Na imagem seguinte podemos ver uma mensagem cifrada pelo “Enigma”, interceptada pelo Ultra onde é possível ver o texto cifrado e escrito no lado direito da mesma a lápis um conjunto de 3 caracteres que são o finger wheels escolhidos inicialmente como chave.
Este artigo explica de forma sucinta a história da criptografia. Nos próximo capítulos vamos fazer uma viagem pelo mundo da criptografia onde vamos aprender o que significa Chave, Cifra entre outras palavras e como funcionam no mundo atual. Estejam atentos.