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Colocar professores de Matemática a ensinar programação? “É absurdo”

A programação tem ganho enorme destaque dentro da informática, mas também em outras áreas.  A programação ajuda no desenvolvimento cognitivo e há muitas outras vantagens.

A Sociedade Portuguesa de Matemática veio agora dizer  que “sugerir que programação seja lecionada por matemáticos é completamente descabido”.


Programação lecionada por matemáticos? Sim ou Não…

Tornar a Matemática uma disciplina “para todos” e que auxilie os alunos no “exercício de uma cidadania ativa” é o principal foco das propostas de mudança dos currículos.

O presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática, João Araújo, não poupa críticas às propostas que estão em discussão pública para a Matemática do ensino secundário e que passam pelo reforço do pensamento computacional e pela utilização de programação em linguagem Python em todos os cursos. Para João Araújo, “colocar professores de Matemática a ensinar programação é uma ideia duplamente absurda”.

Entre os motivos para a revisão do ensino da disciplina está o insucesso – um em cada três estudantes termina o 9.º ano com negativa – e o facto de muitos jovens desistirem de seguir as áreas das ciências por causa da Matemática. As propostas do grupo de trabalho criado pelo Governo em 2018 e composto por matemáticos, professores e especialistas em educação visam a ideia de uma “Matemática para todos”, ou seja, que esteja “ao alcance de todos”, onde os “formalismos e os níveis de abstração excessivos deverão ser evitados”.

Outras ideias, descritas como “ideias inovadoras do currículo”, é o de as escolas terem uma “Matemática para a cidadania”. Esta sugestão defende que os alunos devem ter “ferramentas de análise dos processos sociais que estão na base do exercício de uma cidadania ativa”.

O documento do grupo de trabalho apresentou diferentes propostas para a disciplina de Matemática A (destinada aos alunos dos cursos de Ciências e Tecnologia e aos de Ciências Socioeconómicas), Matemática B (para Artes Visuais) e Matemática dos cursos profissionais. As propostas vão estar em discussão pública até setembro.

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