Após o lançamento do modelo o1 da OpenAI, um funcionário da empresa afirma que já alcançaram a Inteligência Artificial Geral (em inglês, AGI).
Conforme já vimos, a AGI é sigla para Artificial General Intelligence (em português, Inteligência Artificial Geral) e é, concetualmente, o clímax do desenvolvimento da Inteligência Artificial (IA).
Quer isto dizer que há quem considere que, em vez de termos à disposição uma tecnologia capaz de executar tarefas específicas, teremos em mãos um sistema capaz de realizar qualquer tarefa que lhe seja atribuída.
Além disso, com tempo e poder computacional suficientes, fá-la-á de forma irrepreensível – e, quem sabe, até melhor do que se fosse concretizada por um ser humano.
Recentemente, a OpenAI anunciou o seu modelo o1, com o qual a empresa alcança este clímax teórico, na perspetiva do funcionário Vahid Kazemi.
In my opinion we have already achieved AGI and it’s even more clear with O1. We have not achieved “better than any human at any task” but what we have is “better than most humans at most tasks”. Some say LLMs only know how to follow a recipe. Firstly, no one can really explain…
— Vahid Kazemi (@VahidK) December 6, 2024
Na sua opinião, “não conseguimos ser «melhores do que qualquer humano em qualquer tarefa», mas temos «melhor do que a maioria dos humanos na maioria das tarefas»”.
Refletindo sobre a natureza dos large language model (LLM) e se estes estão ou não simplesmente a “seguir uma receita”, o funcionário disse que “ninguém consegue explicar o que uma rede neural profunda com um trilião de parâmetros consegue aprender; mas mesmo que se acredite nisso, todo o método científico pode ser resumido numa receita: observar, colocar hipóteses e verificar”.
Os bons cientistas podem produzir melhores hipóteses com base na sua intuição, mas essa intuição foi construída através de muitas tentativas e erros. Não há nada que não possa ser aprendido com exemplos.
Na perspetiva dos potenciais críticos citados pelo Futurim, Vahid Kazemi poderá estar a opinar com base numa definição conveniente e não convencional de AGI.
Assim sendo, ele não está a dizer que a IA da empresa é mais eficaz do que uma pessoa com conhecimentos ou competências numa determinada tarefa, mas que pode realizar uma tal variedade de tarefas – mesmo que o resultado seja duvidoso – que nenhum humano pode competir com a sua amplitude.
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