Quanto mais cerveja um cientista consumir, menores são as hipóteses de ver a sua pesquisa publicada numa revista científica ou citada por outro investigador, defende um estudo realizado na República Checa.
De acordo com o estudo, um cientista que beba duas ou três cervejas por ano tem mais probabilidades de ver o seu trabalho reconhecido no meio científico do que outro que beba mais de duas por dia.
Isto porque o desempenho científico diminuiu de forma constante à medida que o consumo de cerveja vai aumentado, conclui o autor Tomas Grin, um ornitólogo da Universidade Palacky da República Checa.
Para chegar a esta conclusão, Grin analisou os hábitos de consumo de cerveja dos seus colegas ornitólogos em 2002 e 2006, tendo obtido resultados iguais das duas vezes.
«Fiquei realmente surpreendido», disse Grin ao “New York Times”, acrescentando que as suas observações nos bares e restaurantes da República Checa suportam a relação que encontrou.
No entanto, o investigador sublinha que a correlação entre beber cerveja e o desempenho científico, apesar de documentada, não é explicada pelo estudo.
Ou seja, existe a possibilidade de não ser o consumo de cerveja a provocar o insucesso científico, mas apenas o oposto.
O estudo foi publicado em Fevereiro na prestigiada revista científica Oikos.