A China sempre foi “apontada” como o forte mercado da contrafacção onde tudo era possível fazer a mais baixo custo com qualquer tipo de qualidade.
Agora, quem vem atestar credibilidade, até certo ponto, a esta atitude, é o CEO da maior rede de comércio online da China, Jack Ma o fundador do Alibaba. Este afirma que muitos produtos piratas chineses têm “mais qualidade” do que o artigo original.
É uma afirmação proferida pela personalidade listada na posição 33 no ranking das pessoas mais ricas do mundo, segundo a Forbes.
Estas declarações foram proferidas num momento em que cresce a preocupação com o número de falsificações à venda em sites da rede, como o Taobao (uma espécie de eBay chinês). O Alibaba foi acusado por outros revendedores e grandes marcas mundiais de tolerar a venda de produtos falsificados.
Alibaba quererá resolver o problema da contrafacção?
Mas Ma disse que a empresa faria “qualquer coisa” para impedir o comércio dos produtos falsos. Contudo, o magnata afirmou esta terça-feira que:
O problema é que os produtos falsificados, hoje, têm mais qualidade e melhores preços que os verdadeiros
Eles usam exactamente as mesmas fábricas, os mesmos materiais, mas não usam o nome (das marcas)
Jack Ma referiu também que o Alibaba estava “cada vez mais confiante de que poderíamos resolver o problema.”
O site de compras online do Alibaba, Taobao, passou no mês passado a controlar mais a venda de bens de luxo, exigindo que os vendedores apresentassem provas de autenticidade. O jornal China’s People também informou que as autoridades estão a lançar uma campanha para limpar o comércio online de produtos falsificados e sem qualidade.
Em Maio, o Alibaba foi suspenso da Coligação International Anti-falsificação (IACC, na sigla em inglês), o órgão que fiscaliza pirataria pelo mundo.
A luta contra a pirataria e contrafacção intensifica-se com marcas de renome a pressionar os reguladores. Mais de 250 membros, incluindo a Gucci America e a Michael Kors, disseram que deixariam a IACC em protesto contra o facto de o Alibaba ser membro. A empresa disse que a decisão da associação era “um passo na direcção errada e lamentável”.