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BP instala tecnologia para controlar fugas sem pagamento

Um dos maiores problemas por que passam os postos de abastecimento é o facto dos clientes abastecerem os seus veículos e depois fugirem sem terem efectuado qualquer pagamento.

No sentido de minimizar tal problema, a BP anunciou que vai implementar uma tecnologia que visa acabar com fugas sem pagamento nos seus postos de abastecimento. Mas como funciona?

Implementada desde o final de 2014 em seis postos de abastecimentos da Grande Lisboa, a tecnologia foi validada e vai agora ser instalada em toda a rede da petrolífera em Portugal, começando pelos grandes centros urbanos, onde mais elevado o número de condutores que abastecem sem pagar.

Com mais de 352 postos de abastecimento espalhados por todo o país, este nova plataforma procederá a um reconhecimento automático de matrículas para acabar com as fugas sem pagamento.

Em declarações à Lusa, a diretora de Marketing e Comunicação Externa da BP Portugal, Anabela Silva, adianta que “a tecnologia tem funcionado bem”, permitindo “identificar infrações de forma automática que antes não podiam ser detetadas”.

Mas como tudo funciona?

Quando um utilizador se desloca com o seu veículo a um ponto de abastecimento, a plataforma instalada verifica de imediato se a matrícula consta de uma “lista negra”, por estar a alguma irregularidade no passado e mediante o resultado emite um sinal ao operador de caixa:

No caso da operadora receber o alerta de irregularidade, a bomba passa a funcionar em modo pré-pagamento e é solicitado ao cliente que se dirija ao balcão.

O responsável da BP destaca ainda que a implementação do sistema permitirá deixar de ter as bombas em pré-pagamento e assim melhorar o serviço ao cliente: “Os postos em pré-pagamento dificultam e demoram muito mais no tempo de cada transação” e o novo sistema “permite reduzir substancialmente o tempo e proporcionar ao cliente uma experiência mais simples”.

Para de ter uma ideia deste tipo de fraude, Anabela Silva referiu que nos últimos quatro anos, o número de clientes que abastece nos postos da empresa e sai sem pagar aumentou 80%“. Segundo dados da Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC)  em todo o país fogem diariamente 750 clientes das bombas de combustível sem pagar traduzindo-se num prejuízo mensal da ordem dos “225 mil euros”.

Este sistema foi desenvolvido Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) e tem aprovação da Autoridade Nacional da Proteção de Dados.

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