A Bitcoin é a criptomoeda mais famosa do mundo e, tendo em conta o seu potencial de valorização, há quem afirme que é uma boa reserva de valor. Há inclusivamente quem olhe para a divisa como “ouro digital”, pelos seus atributos.
Contudo, existem diversos analistas que não concordam. Na sua visão, a Bitcoin não se distingue como reserva de valor porque não se insere na definição do conceito.
Comummente a Bitcoin é considerada uma boa reserva de valor pelos seus atributos, dos quais se destacam o facto de ser limitada a 21 milhões de unidades e de ser uma criptomoeda descentralizada cujo valor é matematicamente definido pela relação entre oferta e procura.
Não obstante, são várias as opiniões contrárias. Há quem afirme que a Bitcoin e restantes criptomoedas são uma autêntica bolha e scam. Menos radicais, há vários analistas que destacam a sua incapacidade em ser uma moeda corrente usada como meio de transação. O que mais contribui para isto são os problemas de escalabilidade da rede Bitcoin, que não tem poderio suficiente para lidar com centenas de milhares de transações por minuto.
Deste modo, a Bitcoin tem-se destacado como reserva de valor, como “ouro digital”. Abordando este tema no ccn, Lawrence Meyers deu a conhecer a sua opinião pela qual a Bitcoin nunca poderá ser considerada uma reserva de valor.
Lawrence destaca a definição de “reserva de valor” para justificar a sua posição. Uma reserva de valor não está exclusivamente relacionada com a sua utilidade como objeto ou bem, mas também com o seu potencial de valorização futuro.
A true store of value is something that retains its usefulness and real-world purchasing power regardless of circumstance. Bitcoin is nothing. You can’t even hold it. In civil unrest, nobody will trade for a bitcoin because in that circumstance the only things that matter are survival assets. A true asset in which one parks value has minimal volatility. Bitcoin’s entire value could vanish in a matter of minutes.
| Ed Butowsky, Gestor na Chapwood Capital Investment Management.
Assim sendo, Lawrence defende que as criptomoedas não se inserem neste espetro de investimentos devido à sua volatilidade e por não ser considerado um valor essencial.
Tal como as moedas fiduciárias, as divisas digitais são meios de transação e por isso não devem ser encaradas como reservas de valor. O autor refere que reservas de valor são, por exemplo, a água e o aço.
Qual a sua visão sobre o assunto? Concorda com Lawrence Meyers? Ou por outro lado acredita no poder da Bitcoin como moeda e/ou reserva de valor? Deixe a sua opinião nos comentários!