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Rede Bitcoin já consome mais energia que a Suíça. Será sustentável no longo prazo?

A rede Bitcoin engloba a famosa Blockchain que sustenta todo o sistema descentralizado da criptomoeda. Uma solução muito inteligente, mas que tem como contrapartida o elevado consumo energético.

Segundo as últimas estimativas, a rede Bitcoin já consome mais energia que a Suíça, e inclusivamente Portugal… Será que este aumento no consumo é sustentável a longo prazo?


Muito recentemente, a Universidade de Cambridge lançou uma ferramenta para estimar a quantidade de energia necessária para suportar a rede Bitcoin. Denominada Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), esta ferramenta apresenta, para além do consumo anual, o consumo instantâneo da rede.

No site dedicado à ferramenta poderá encontrar um conjunto de informações interessantes. Por exemplo, a rede da criptomoeda mais valiosa já consome mais energia que a Suíça, estando perto de alcançar a República Checa e a Áustria! Atualmente, o consumo instantâneo é de 7,53 GW e o consumo anual é de 61,88 TWh. Cerca de 0,25% da energia elétrica mundial é usada para abastecer a rede associada à criptomoeda mais famosa do mundo.

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O objetivo desta ferramenta é alertar sobre as questões ambientais que a rede Bitcoin acarreta, através do seu algoritmo de consenso Proof-of-Work que requer um elevado poder de processamento.

The index has been developed in response to growing concerns over the sustainability and environmental impact of Bitcoin mining, which relies on computation-heavy cryptographic operations that require significant amounts of electricity. Reliable estimates of Bitcoin’s electricity usage are rare: in most cases, they only provide a one-time snapshot and the numbers often show substantial discrepancies from one model to another.

Apesar de a rede registar consumos energéticos elevados que acabam por estar relacionados com uma pegada ecológica superior ao desejável, a Universidade de Cambridge partilha também certos hábitos que acabam por ter impactos superiores no consumo energético. O consumo energético de equipamentos que estão ligados desnecessariamente nos lares dos EUA dava para alimentar a rede Bitcoin durante três anos e meio.

Não obstante, ficam as dúvidas quanto à sustentabilidade ambiental da rede Bitcoin no futuro. O consumo energético tem tido um aumento constante, e a criptomoeda ainda pode não ter atingido o seu auge de popularidade. No futuro, com o aumento da quantidade de transações, o impacto ambiental poderá ser demasiado agressivo.

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