O mundo da tecnologia está em constante mudança, com novas propostas a surgir e com as empresas a comprarem a tecnologia que precisam para os seus serviços e produtos avançarem na direção certa.
A Tesla tem passado por momentos menos bons, principalmente porque o seu CEO e co-fundador quer libertar-se das imposições que a sua estrutura criou. Neste cenário esta era a altura certa para a Apple ou a Google darem um salto para o futuro, comprando a Tesla e assumindo a sua gestão.
Elon Musk quer reassumir o controlo da Tesla
A forma que Elon Musk parece ter encontrado para trazer de volta a Tesla aos seus dias de glória passa pela privatização da empresa, com a compra das ações que estão em bolsa.
Para isso, e segundo o que tem anunciado no Twitter, irá recorrer a investimento privado, oriundo da Arábia Saudita.
Financiamento da Arábia Saudita torna-se um problema
Se esta poderá parecer a forma mais simples e direta de conseguir os seus intentos, a verdade é que poderá também ser um passo em falso e que poderá acabar por atrasar a Tesla face à sua possível concorrência.
Am considering taking Tesla private at $420. Funding secured.
— Elon Musk (@elonmusk) August 7, 2018
É mais que sabido que o negócio principal de países como a Arábia Saudita é o petróleo, uma fonte de energia que a Tesla dispensa.
Ao investir numa empresa como a Tesla acabaria por estar a diversificar os investimentos, mas provavelmente só dentro de alguns anos se veria a atenção necessária e que a faria evoluir.
Por outro lado, dado o protecionismo Americano às suas empresas, que se reforçou com a chegada ao poder do presidente Trump, dificilmente será aceite que a Tesla passe para as mãos dos Sauditas. Este seria mais um problema para o avançar dos investimentos estrangeiros numa das mais emblemáticas empresas de tecnologia norte-americana.
Duas propostas que poderiam ser tomadas em conta
É neste cenário que muitos analistas vêem com bons olhos 2 soluções que para além de materializáveis, seriam confortáveis para todas as partes.
Tanto a Apple como a Google, cada uma com as suas razões, podem ser a opção mais simples para desbloquear as intenções de Elon Musk para o crescimento da Tesla.
O que a Apple teria a ganhar com a compra Tesla
No caso da Apple, esta compra seria a forma mais simples de materializar um desejo antigo de Steve Jobs, a construção de um carro elétrico, dentro dos padrões que a Apple se rege.
Para além disso, seria também a forma da Apple ter acesso a muita tecnologia em áreas que precisa crescer. Falamos de baterias ou de software de controlo de equipamentos.
Google liberta-se da dependência dos fabricantes automóveis
A opção Google seria também interessante e importante. A gigante das pesquisas é uma das maiores empresas no ramo da condução autónoma, mas falta-lhe o elemento mais básico para aplicar a sua tecnologia. Falamos naturalmente do carro.
Qualquer uma destas empresas tem o capital necessário para avançar rumo à Tesla e torná-lo um ativo seu.
Esta seria uma solução vantajosa para a Tesla
A somar a isso, qualquer uma destas 2 empresas tem toda a maquinaria necessária para promover, comercializar e até desenvolver os novos Tesla.
No meio de todas estas possibilidades reais, sobra apenas uma, e que seria determinante para a concretização deste negócio. Qual seria o papel de Elon Musk nesta Tesla pós privatização.
Mas e o que iria Elon Musk fazer depois da Tesla?
É sabido que o proprietário da Tesla gosta de puxar a si toda a gestão e está presente em todos os momentos de decisão, algo que provavelmente não poderia acontecer num cenário de gestão Apple ou Google.
Mas, olhando ao passado, o homem que criou o PayPal e que o vendeu depois, poderia simplesmente abandonar a Tesla e focar-se na Space X e na The Boring Company.