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Amazon quer que Alexa comunique através da voz de pessoas queridas que já morreram

A ideia da Amazon parece ter tanto de sinistra quando de reconfortante. Na conferência Re:Mars da Amazon, a decorrer por estes dias, foi proposta uma nova habilidade para adicionar à Alexa. No fundo, o que se pretende é que a assistente virtual seja capaz de imitar vozes.

Esta capacidade poderá trazer ao utilizador um “bom dia” com a voz de alguém que já partiu.


A imitação de vozes na Alexa

Na conferência Re:Mars da Amazon, o vice-presidente sénior da Alexa, Rohit Prasad, mostrou uma nova e surpreendente capacidade de assistente de voz: a suposta capacidade de imitar vozes. Até o momento, não há previsão de quando ou se esse recurso será lançado ao público.

Se esta funcionalidade pode até parecer interessante, torna-se estranha pela forma como foi enquadrada. A Amazon apresentou esta novidade como uma forma de guardar eternamente a voz de entes queridos que morreram, podendo assim, o utilizador continuar a ouvir a sua voz pela casa.

Na demonstração apresentada, a Alexa contava uma história a uma criança, pela voz da avó que já tinha falecido. Se para uns poderá ser algo reconfortante e enternecedor, para outros poderá ser mesmo algo sinistro.

Prasad enfatizou que a empresa estava à procura de formas para tornar a IA o mais pessoal possível.

Embora a IA não possa eliminar a dor da perda, definitivamente pode fazer as memórias durarem.

Os problemas de segurança

A capacidade de imitação poderá ser conseguida com apenas um minuto de áudio da pessoa que seria replicada. Esta capacidade de imitação por inteligência artificial, poderá, no entanto, trazer problemas de segurança graves e que são já um problema para os especialistas, abrindo a porta para novos tipos de fraude.

Atualmente, já existem vários casos, onde tal foi aplicado. Por exemplo, nos Emirados Árabes Unidos, em 2020, o gerente de um banco para transferir 35 milhões de dólares para a conta de criminosos, com recurso a esta técnica.

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