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Alzheimer: Canábis poderá ser usada na cura da doença

Cientistas descobriram evidências preliminares que o tetraidrocanabinol (THC) e outros compostos químicos encontrados na canábis podem promover a remoção celular da beta-amilóide, uma proteína tóxica associada à doença de Alzheimer.

Esta planta tem-se revelado importante na área farmacêutica, mas ao que parece poderá ser um trunfo na cura do Alzheimer.

Independentemente dos estudos exploratórios terem sido conduzidos em neurónios cultivados em laboratório, os resultado oferecem uma visão sobre o papel da inflamação na doença de Alzheimer e podem fornecer pistas para o desenvolvimento de novas terapias no combate à doença.

Apesar de outros estudos terem oferecido evidências de que canabinoides podem ser neuroprotectores contra os sintomas de Alzheimer, acreditamos que o nosso estudo é o primeiro a demonstrar que os canabinoides afectam tanto a inflamação quanto o acumular da beta-amilóide nas células nervosas.

Explicou o professor David Schubert, autor principal do trabalho.

 

Em Portugal há mais de 90 mil pessoas com Alzheimer

Nestes estudos desenvolvidos pela equipa do Salk Institute, publicado com o título Aging and Mechanismis of Disease, a mesma procedeu a várias alterações para que os neurónios produzissem grandes níveis de beta-amilóide, imitando assim os aspectos da doença, que atinge mais de 90 mil pessoas em Portugal, segundo dados recentes da Europe Alzheimer, e cerca de 37 milhões no mundo.

Os investigadores descobriram que os altos níveis de beta-amilóide foram associados à inflamação celular e a maiores taxas de morte de neurónios. Eles demonstraram que a exposição das células ao tetraidrocanabinol reduziu os níveis da proteína beta-amilóide e eliminou a resposta inflamatória a partir das células nervosas causada ​​pela proteína, permitindo assim que as células nervosas sobrevivessem.

 

Alzheimer – Quem é o culpado pela morte das células?

Segundo informações de Antonio Currais, um dos investigadores do estudo, a inflamação do cérebro está associada ao Alzheimer, mas sempre se pensou que a única resposta contra esta inflamação vinha do sistema imunitário, e não das células nervosas:

Quando conseguimos identificar a base molecular da resposta inflamatória, tornou-se claro que componentes semelhantes ao THC podem proteger as células nervosas e impedir que morram.

O que torna o THC especial é a semelhança com os receptores celulares que ajudam a proteger as células. Num outro estudo conduzido pela mesma equipa, um candidato a medicamento, com o nome de J147, também mostrou que consegue remover a proteína beta-amilóide das células e diminuir a inflamação.

O próximo passo é conseguir os mesmos efeitos em testes clínicos, mas com pacientes.

 

ScienceDaily

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