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Acções do Facebook caem abaixo do preço de estreia na Bolsa

No passado dia 18 deste mês, o Facebook estreou-se na bolsa de valores de Nova York. Esta entrada animou os mercados com  421.233.615 de acções ao preço unitário de 38 dólares. Mas o mercado já reagiu!

As acções da rede social Facebook chegaram a recuar 16.66% sobre o valor de estreia no início da sessão nesta segunda-feira, tocando a mínima de 31,67 dólares, com investidores cautelosos diante do enorme volume de papeis oferecidos ao mercado e com relação aos desafios gerados à empresa pelo sector.

Na sexta-feira, as acções da empresa estrearam a 38 dólares, convertendo o Facebook na empresa com a segunda maior captação numa estreia em bolsa na história americana, com 16,02 mil milhões de dólares.

“Creio que os investidores se convenceram de que o Facebook ofereceu muitos títulos, o que reduziu o apetite de risco”, disse o analista Michael Pachter da Wedbush Securities.

Ao todo, o Facebook negociou 421 milhões de acções, obtendo um valor de mercado de 104 mil milhões de dólares.

O desempenho das acções da empresa (negociadas sob o código “FB”) davam o tom deste pregão, com o Dow Jones a apresentar uma queda de 0,63% às 16H15 GMT e o Nasdaq recuava 1,3% no mesmo horário. Na sexta-feira, dia de estreia das acções do Facebook, Wall Street fechou em forte queda: o Dow Jones recuou 0,59% e o Nasdaq perdeu 1,24%.

Muitos analistas alertaram sobre o entusiasmo excessivo com relação às acções do Facebook. Alguns, no entanto, consideram que o papel poderá se valorizar de 5% a 10% este ano, um resultado que seria melhor, por exemplo, que o do site de ofertas Groupon, que perdeu 38% desde sua estreia em Novembro passado. A rede profissional LinkedIn, por outro lado, subiu 133% num ano.

O volume de negócios do Facebook reduziu o seu ritmo num momento no qual a empresa está a realizar importantes investimentos. A companhia tem tido também dificuldades para converter em dinheiro a migração do tráfego da Internet para os dispositivos móveis.

Entre os anúncios de destaque do dia está a suspensão por parte do banco americano JPMorgan Chase quanto a compra das suas acções, dez dias depois de revelar pesadas projecções de perdas na actividade bolsista da sua própria conta em Londres.

Na Europa, o governo espanhol disse que a economia do país voltará a contrair no segundo trimestre deste ano num nível “similar” ao primeiro, quando o Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,3% e marcou a entrada do país na recessão.

Ao mesmo tempo, o ministro alemão de Finanças, Wolfgang Schäuble, disse nesta segunda-feira, em entrevista conjunta com o ministro francês de Finanças, Pierre Moscovici, que ambas as nações farão de tudo para manter a Grécia no euro.

As principais Bolsas europeias fecharam a segunda-feira em lados opostos, com ganhos em Londres, Frankfurt e Paris e perdas em Madri e Milão, num mercado prudente em relação à situação da zona do euro e digerindo os resultados da reunião do G8, de sexta-feira e sábado.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 dos principais valores subiu 0,70%, a 5.304,48 pontos. Em Frankfurt, o Dax recuperou 0,95%, a 6.331,04 pontos. O CAC 40 da Bolsa de Paris ganhou 0,64% e fechou aos 3.027,15 pontos.

Já em Madrid, o Ibex 35 perdeu 0,65%, a 6.524,00 pontos. O FTSE MIB da Bolsa de Milão também recuou, em queda de 0,28%, tendo fechado aos 13.012,04 pontos.[via]

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