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A obsessão por “likes” nas redes sociais leva a processos por parte do Facebook

Já todos nos apercebemos que existem inúmeras páginas de Facebook e de Instagram com milhares de seguidores, com fotos que “explodem” de likes, mas, na verdade, a interação real com pessoas reais, é muito baixa. Para que as suas páginas sejam populares e possam, por exemplo, chegar a patrocinadores, muitos utilizadores da rede acabam por ceder à tentação de comprar likes e seguidores.

No entanto, a detentora das redes sociais está de olho nestes esquemas e já abriu pela primeira vez um processo contra quem promove estes negócios.


Facebook no combate à compra de “likes” e comentários

Foi através de um caso recente que a empresa detentora do Instagram veio alertar para o problema das interações compradas por utilizadores da rede dos próprios promotores que vendem este tipo de serviços.

Em causa está a abertura de um processo contra Nikolay Holper, no Tribunal Federal de São Francisco, por promover a interação falsa no Instagram. O serviço disponibilizado por esta pessoa garante o aumento do número de seguidores de uma página no Instagram, bem como mais gostos, visualizações e comentários.

Na página Nakrutka, do serviço em causa, pode ler-se, por exemplo:

O número de assinantes é o principal indicador da popularidade de grandes comunidades no Instagram

Aumentar o número de assinantes permite aumentar a sua autoridade aos olhos de clientes e fãs

A lista de preços pode encontrar-se, entre uma vasta lista de “serviços”, compra de Gostos (no máximo 1000) por parte de Boots com Avatar por 38 rublos, o que é menos de 50 cêntimos de euro. A compra de 2500 subscritores, por exemplo, pode custar 235 rublos (cerca de 2,66 €). Depois cada um dos preços tem associado o tipo de retorno mais rápido ou mais lento que o comprador vai ter.

Já antes, este utilizador e as páginas associadas a si, foram bloqueadas, mas uma fácil pesquisa Google revela que as vendas continuam ativas apesar do processo que decorrer agora.

Roubo de dados dos utilizadores através de SDK

Além deste caso, o Facebook dá ainda conta que outro processo judicial aberto no Reino Unido. A Facebook Inc. e a Facebook Ireland processaram a MobiBurn, a OakSmart Technologies e o seu fundador Fatih Haltas, no Supremo Tribunal de Justiça por não cumprirem um pedido de auditoria, depois da MobiBurn recolher dados dos utilizadores do Facebook.

Pelo que avança a rede social através de um comunicado, a empresa terá criado um SDK malicioso que foi colocado em aplicações de terceiros. Assim, ao serem instaladas estas aplicações (não associadas ao Facebook), eram recolhidos dados da rede como nomes, endereços de email, sexo e fuso horário.

De referir que as apps sinalizadas com este SDK foram desativadas pelo Facebook.

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