Sabia que há dados de cartões bancários à venda na internet? Foi com essa informação que três homens pagaram entre 13 a 17 euros por dados de cartões e posteriormente criaram cartões contrafeitos.
Em sete meses fizeram 1822 transações no valor de quase 38 mil euros.
A noticia foi avançada pelo JN que revela que, em sete meses, foram utilizados 807 cartões contrafeitos e concretizadas 1822 transações no valor de 37 848 euros. Houve diversos pagamentos em postos de combustíveis, hotéis e comércio, com preferência para telemóveis, facilmente convertíveis em dinheiro.
Os três homens já foram julgados, tendo apenas um ficado em prisão efetiva a cinco anos e meio de prisão. De acordo com as informações, os dados foram adquiridos na Dark Web. É na Dark Web que se sabe existirem lojas onde são vendidos todos os artigos que não se encontram acessíveis “tradicional” na Internet. Esta rede paralela aloja sites pouco comuns e onde tudo se encontra.
Neste caso agora julgado em Lisboa, foi dado como provado que os arguidos “adquiriram os dados de cartões de crédito e de débito, emitidos por entidades bancárias estrangeiras em sites disponíveis na internet, efetuando o pagamento em Bitcoin, ao preço médio de 15/20 dólares por cada cartão bancário”.
Depois com recurso a um “aparelho leitor e gravador de bandas magnéticas de cartões (skimmer), procederam à contrafação de cartões bancários, através da regravação dos dados bancários verdadeiros adquiridos na internet em cartões com bandas magnéticas”.
As despesas que foram realizadas com estes cartões contrafeitos incluem estadias em hotéis e festas em clubes onde numa pool party só a reserva de uma mesa custou 500 euros.
No comércio, passava os cartões em lojas onde foram efetuadas dezenas de encomendas. Uma das técnicas era adquirir produtos que dessem para cambiar depois em dinheiro vivo.