Com a aposta cada vez maior nas soluções digitais, os bancos pretendem eliminar custos em outros sistemas. Curiosamente, em 2018, o número de caixas de multibanco baixou à escala mundial, mas em Portugal já acontece desde 2010.
Segundo estimativas da consultora britânica RBR, há 700 caixas de multibanco que podem desaparecer nos próximos tempos.
Os dados foram disponibilizados pela consultora britânica RBR ao Dinheiro Vivo. Segundo esta entidade, são várias as caixas multibanco que vão desaparecer nos próximos anos e tal deveu-se especialmente ao aumento da popularidade das operações através de canais mobile.
Em Portugal, o desaparecimento de caixas de multibanco está associado essencialmente ao encerramento de balcões. Em apenas cinco anos, os maiores bancos do país cortaram 1145 agências, uma redução de 20%, segundo cálculos do Dinheiro Vivo. Segundo dados da PORDATA em 2018 existiam 11 692 caixas automáticas Multibanco.
Apesar da evolução digital, o Centro de Estudos Políticos Europeus (CEPS) refere que “em Portugal ainda se depende de forma significativa do numerário e não se está a alterar de forma rápida a tendência para outros métodos de pagamento”. Ainda, segundo o CEPS, “Nos multibancos remotos, os bancos faturam em média 20,3 mil euros com cada máquina e assumem uma despesa de 21,5 mil euros, segundo contas do CEPS. Os equipamentos que estão instalados nos seus próprios balcões dão lucro.