É verdade que as redes de comunicação 5G ainda não chegaram ao cliente final em Portugal. No entanto, no nosso país, têm-se levado a cabo vários testes com o objetivo de avaliar nova geração da rede móvel.
De acordo com um relatório recente do Observatório Europeu para o 5G, Portugal está na vanguarda (estão a ser promovidos testes). Conheça em que cidades portugueses têm sido realizados testes e estão prontas para receber o 5G.
A informação consta de um relatório de setembro (o mais recente) do Observatório Europeu para o 5G, estrutura criada no ano passado pela Comissão Europeia, que revela que “os 10 principais países europeus onde estão a ser promovidos testes [relativos à tecnologia] são Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Finlândia, Holanda, Portugal, Estónia e Roménia”.
Segundo o documento, em setembro estavam em curso na UE 165 os projetos-pilotos (mais do que os 138 realizados em março passado). Ao todo, são 125 as cidades nos Estados-membros consideradas como habilitadas para receber a tecnologia 5G.
Quais as cidades prontas para receber 5G em Portugal?
Aveiro, Évora e Porto são as cidades em Portugal que estariam prontas para oferecer comunicações 5G. Segundo o documento, nestas cidades estão a decorrer ou já decorreram testes relativos às infraestruturas, mas também a corredores tecnológicos, que são feitos por privados e também no âmbito de parcerias público-privadas.
Ainda relativamente a Portugal, são apontadas no relatório datas relativamente ao lançamento comercial pela Altice (segundo semestre de 2019), pela Vodafone (final de 2019) e pela NOS (em 2020), as três principais operadoras de telecomunicações no país.
De relembrar, no entanto, que Portugal falhou a data prevista para apresentação de uma estratégia nacional para esta tecnologia. Nesse sentido Portugal não figura entre os 11 Estados-membros apontados no relatório com planos e roteiros já divulgados.
Em Portugal, foi já feita uma consulta pública ao mercado sobre o espetro a utilizar no 5G. Nessa auscultação, levada a cabo pela ANACOM, entre março e maio de 2018, chegou-se à conclusão de que a faixa que reunia mais interessados era a dos 700 MHz. Tal cenário obriga a uma migração da Televisão Digital Terrestre (TDT), embora tenham sido assinaladas outras, como a dos 3,6 GHz.