A saída de Steve Ballmer da Microsoft, anunciada na passada sexta-feira, veio abalar um pouco a indústria tecnológica e todos os mercados que à sua volta gravitam.
Este “monstro”, conhecido de todos, anunciou que a sua saída da Microsoft acontecerá nos próximos doze meses, dando lugar a um novo CEO. São tempos que a Microsoft deverá aproveitar para se reorganizar e tratar de alguns problemas internos.
Mas a verdade é que Steve Ballmer pode ter tomado uma decisão que se virá a revelar benéfica à Microsoft.Conheça hoje as 5 possíveis razões que ditaram a saída de Steve Ballmer.
O perfil e o carisma de Steve Ballmer é conhecido de todos. São ricas as suas histórias associadas a gafes e a opiniões controversas sobre a concorrência.
Steve Ballmer está associado a algumas decisões menos bem sucedidas, que mancharam a própria imagem da Microsoft, não apenas ao nível dos consumidores mas também ao nível dos mercados.
Conheçam hoje as cinco possiveis razões que podem ter ditado a saída, voluntária ou não, de Steve Ballmenr da Microsoft, e que depois de tratadas podem levar a empresa a retomar o seu caminho de sucesso.
1) Os fracassos do Windows
Todos conhecem bem a história do Windows Vista e do que a Microsoft teve de fazer para que a imagem dos seus sistemas operativos fosse restaurada.
O Windows 7 nasceu da necessidade de trazer de volta um sistema operativo que agradasse aos utilizadores e que fosse estável e funcional.
Depois do “detestado” Windows Vista foi a vez da Microsoft disponibilizar o “confuso” Windows 8 para Desktop. Este novo sistema operativo da Microsoft sempre teve uma relação difícil com os utilizadores. A sua nova interface quebrou demais o que era comum e muitos recusaram-se a fazer a mudança.
Os resultados práticos desta “novidade” e da falta de aceitação foram dois: Em primeiro lugar os números de vendas do Windows 8 não foram interessantes, mesmo com a Microsoft a anunciar uma adesão recorde; em segundo lugar, graças às queixas dos utilizadores, houve a necessidade de desenvolver o Windows 8.1, para que o Windows se adaptasse às exigências.
2) O atraso no lançamento de tablets e smartphones
Com o mercado a abandonar cada vez mais os PC’s e a aderir aos tablets, a resposta da Microsoft foi tardia e pouco expressiva.
Em primeiro lugar as duas versões do tablet Surface (Surface RT e Surface PRO) estiveram longe de ser um caso de sucesso. Tanto a versão RT como a versão Pro tiveram vendas muito abaixo do esperado.
Depois temos a fraca adesão dos fabricantes ao novo Windows 8. Não existem alternativas fortes que consigam contrariar o domínio da concorrência, o que mostra que o Windows 8 não é um sistema operativo que agrade para este tipo de equipamentos.
O mercado dos smartphone foi outro passo que a Microsoft tardou a dar, e que mesmo assim não o deu de forma firme. Se retirarmos a Nokia desta equação, o mercado dos smartphones equipados com o Windows Phone é residual. Por outro lado a Microsoft não deve assentar toda a sua produção numa única marca.
3) Os falhanços nos serviço Internet
A Microsoft nunca foi forte nos serviços Internet , com a excepção dos seus serviços de email, a sua expressão foi sempre praticamente nula.
O Bing, que tinha tudo para ser um sucesso, acabou por não evoluir e assim não combater o motor de busca da Google.
Foram também várias as hipóteses que teve de comprar empresas com serviços na Internet, que hoje são casos de sucesso. A Micosoft não aproveitou!
4) Uma nova cultura corporativa
A mudança está a chegar à Microsoft. Vão ser novas formas de trabalhar e uma organização que se pretende diferente. E é aqui que a saída de Steve Ballmer pode melhorar este processo.
O novo CEO da Microsoft, seja ele quem for, vai ter a possibilidade de reorganizar a empresa e criar novas metodologias de trabalho que a vão impulsionar para o futuro.
Vão agora ser cimentadas algumas das movimentações que já começaram a ocorrer dentro da organização deste gigante.
5) A falta de confiança dos mercados em Ballmer
O facto de as acções da Microsoft terem subido imediatamente após o anuncio da saída de Ballmer é sintomático. A empresa tem vindo a desvalorizar ano após ano e está neste momento numa posição muito inferior ao que Steve Ballmer encontrou quando se tornou CEO.
Parte da culpa têm sido atribuída aos erros e insucessos que a Microsoft tem tido, mas provavelmente, está associada à falta de confiança que existe em Steve Ballmer e na sua equipa.
O futuro da Microsoft vai agora ser reescrito e o novo CEO vai com certeza ter carta branca para mudar a empresa. É por isso certo que a escolha do novo CEO vai ser feita com muito cuidado e será uma cara nova, sem qualquer associação a problemas e com um carizma bem diferente de Steve Ballmer.
As mudanças que vão ser feitas não vão ser imediatas e de certeza que nos próximos doze meses esta nova cara será apresentada.
Steve Ballmer fez história na Microsoft, em muitos casos com gafes e cm casos de sucesso menos definido, mas de certeza que será lembrado por todos.