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Tecnologia Retina Display explicada

A Apple lançou recentemente o novo iPad. Um equipamento que traz mais alguns avanços num segmento em franco crescimento. A Apple não só desenvolve nos equipamentos electrónicos como inventa tecnologia.

Este novo tablet da empresa de Cupertino apresenta um novo ecrã, com uma tecnologia já presente no iPhone 4 e no mais recente iPod Touch, chama-se Retina Display. Vamos conhecer um pouco melhor esta tecnologia.

Esta tecnologia foi apresentada por Steve Jobs, no lançamento do iPhone 4. Ele explicou que esta tecnologia coloca 4 vezes mais pixeis no mesmo espaço físico do ecrã, esse é o segredo, aumentar os número de píxeis no mesmo espaço disponível.

Para trocar esta tecnologia em números podemos referir que o iPhone 3 veio com um ecrã de 3.5 polegadas que disponibilizava uma resolução de 480 x 320 píxeis. Isso equivale a ter 163 píxeis por cada polegada (ppp). No iPhone 4 e no iPhone 4 S, a Apple apostou também num ecrã de 3,5 polegadas mas agora com uma resolução de 960 x 640 (326ppp), o dobro do seu antecessor.

Já para o Novo iPad, a Apple colocou uma resolução de 2048 x 1536 num ecrã de 9,7 polegadas, o que equivale a ter 264 ppp. Em comparação o iPad 2 tem uma resolução de 1024 por 768 píxeis a 132 píxeis por polegada (ppp).

Mas qual a importância deste factor?

Qualquer coisa que seja imprimido de forma digital (dpi) ou que seja mostrado num ecrã recorre aos pixeis, são minúsculos quadrados que quando agrupados em conjunto formam imagens e caracteres. A quantidade de pixeis existentes num área determinam a luminosidade de uma imagem mais a área e determinam a que distancia os pixeis podem ser visíveis a olhos nu.

A essência da tecnologia Retina é colocar o máximo possível de píxeis mas que essa densidade não seja vista a olho nu, dobrando a quantidade de  píxeis mas diminuindo consideravelmente o tamanho de cada píxel, tão pequenos que o olho humano não o detecte.

Para conseguir isso, a Apple primeiro estudou o olho humano para concluir que a retina do olho apenas consegue ver, a uma distância de 30.48 centímetros cerca de 300 píxeis por polegada e apenas a 57 arcseg por píxel.

Esta afirmação sobre a capacidade da retina humana foi contrariada por Raymond Soneira, presidente da DisplayMate Technologies, este acredita que a retina humana permite ver 477 pixeis por polegada. Esta discussão não é nova, já o autor da obra Bad Astronomy, Phil Plait, que colaborou com a NASA na criação da câmara do telescópio espacial Hubble, acredita que uma pessoa com uma visão 20/20 não consegue ver uma resolução de 300 píxeis por polegada, e só com pessoas com uma visão superior é que consegue vislumbrar um píxel isolado.

Assumindo que um iPhone ou iTouch será visto a uma distância de aproximadamente 12 polegadas, a Apple desenvolveu um ecrã de 960 x 640 píxeis, 326 píxeis por polegada, ligeiramente superior ao que o olho humano é capaz de detectar. Isto significa que o olho nu não deve nunca ver os píxeis, e só deve ver o texto suave e imagens.

Com isso e depois dos resultados conseguidos nestes primeiros iDevices, a Apple trouxe para o iPad a mesma tecnologia Retina. São mais 44% de saturação de cor, e uns fantásticos 3,1 milhões de píxeis. Tudo nas mesmas 9,7 polegadas. Tem quatro vezes o número de píxeis do iPad 2, e um milhão de vezes o de um televisor HD.

Mas conseguiremos tirar proveito desta resolução?

Obviamente que tudo irá depender do que colocaremos no iPad para ser mostrado no ecrã retina. Se estivermos a ver fotografias no Facebook que alguém as colocou com baixa qualidade, não será o ecrã que fará milagres. Se fizermos o upload para o iPad de um vídeo com resoluções baixas, não iremos tirar proveito dos 3,1 milhões de píxeis.

A verdade é que a tecnologia cria necessidades e as necessidades são preenchidas com soluções talhadas à medida. Assim não será de admirar que em breve esteja disponível software e serviços que tirem total proveito deste resolução. [via]

Este “trunfo” que a Apple lançou poderá não ser o motivo para que o utilizador prefira um iPad de terceira geração, pois muita gente ainda prefere ouvir música em equipamentos de baixa qualidade a ter algo de alta fidelidade, assim como noutros dispositivos e consumo de alta qualidade e o consumo genérico são uma oferta e é o utilizador que avalia o proveito versus o custo. No caso deste recurso, o ecrã Retina, também será o utilizador Apple a avaliar se vale o investimento.

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