Pplware

Professor avisa que cérebros humanos podem ser invadidos se IA não for controlada

Conforme acompanhamos, a tecnologia associada à Inteligência Artificial (IA) tem conhecido uma evolução singular que, para muitos, pode até ser assustadora. Por isso, o autor do best-seller “Sapiens” avisa que os cérebros humanos poderão vir a ser invadidos se a tecnologia não for regulamentada.

A resposta ao problema estará na cooperação global.


Possivelmente, já se deve ter cruzado com títulos como “Sapiens”, um best-seller global, “Homo Deus”, ou “21 lições para o Século XXI”. Os livros são da autoria do professor israelita Yuval Noah Harari que, depois de ter vendido 35 milhões de exemplares, traduzidos em 65 línguas, tornou-se um autor de renome.

Para além do seu trabalho focado na História, na mente humana e na filosofia social, Yuval Noah Harari já havia expressado, antes, as suas preocupações relativamente à IA e à bioengenharia. Na sua opinião, estas áreas do saber poderiam constituir uma ameaça existencial para a humanidade e, por isso, devem ser vigiadas de perto.

Recentemente, numa entrevista ao 60 Minutes da CBS, Yuval Noah Harari avisou que, a menos que a IA seja globalmente regulamentada, os cérebros humanos poderão ser invadidos, futuramente.

Hackear um ser humano é conhecer essa pessoa melhor do que ela própria se conhece. E, com base nisso, manipulá-lo cada vez mais […] São dados sobre o que está a acontecer dentro do meu corpo. O que temos visto até agora são empresas e governos a recolher dados sobre onde vamos, quem encontramos, que filmes vemos. A fase seguinte é a vigilância a passar debaixo da nossa pele.

Advertiu Yuval Noah Harari relativamente à IA.

Yuval Noah Harari: IA como possível ameaça global

Durante a entrevista, Yuval Noah Harari falou sobre a forma como os dados globais são tratados e o local onde são armazenados. Afinal, o professor tem alertado os países para os possíveis efeitos nocivos da IA nas pessoas.

[…] O mundo está cada vez mais dividido em domínios de recolha de dados, de exploração de dados. Na Guerra Fria, tiveram a Cortina de Ferro. Agora, temos a Cortina de Silicon, que o mundo está cada vez mais dividido entre os EUA e a China, os dados vão para a Califórnia ou vão para Shenzhen, e para Xangai, e para Pequim?”

Questionou Yuval Noah Harari.

Segundo o professor, futuramente, podemos ser confrontados com uma drástica mudança na forma como vivemos, trabalhamos e fazemos escolhas. Isto, à medida que a tecnologia se envolve, cada vez mais, no quotidiano das pessoas.

A Netflix diz-nos o que devemos observar e a Amazon diz-nos o que devemos comprar. Eventualmente, dentro de 10 ou 20 ou 30 anos, tais algoritmos poderão também dizer-nos o que estudar na faculdade e onde trabalhar, e com quem casar, e até em quem votar!

Alertou Yuval Noah Harari na entrevista à CBS.

Para o professor, a solução do problema tem de ser encontrada através de cooperação global, na medida em que não é possível “regular o poder explosivo da IA a nível nacional”.

 

Leia também:

Exit mobile version