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IBM Watson – Poderão os Super computadores curar o cancro?

Este é um tema perturbador, pode não parecer à primeira vista, mas a tecnologia poderia fazer mais pelo combate a este flagelo da idade moderna. Contudo, todos nós sabemos que o tratamento do cancro envolve milhões e que é um negócio muito rentável. Infelizmente, como em quase tudo na vida é o dinheiro que dita as regras.

Mas a esperança está na tecnologia. Se segue este fantástico mundo lembra-se que nos anos 90 a IBM surpreendeu com um computador que “pensava”. Seria a revolução na computação, o “Deep Blue” bateu o Gary Kasparov no xadrez em 1996. Mais tarde, em 2011, outro super computador, o Watson, volta a surpreender. A ideia não é usar estas máquinas no mundo dos jogos, mas sim criar cérebros digitais. Se isso já é possível, poderemos realmente acelerar a investigação do cancro, a ponto de encontrar uma cura, com a ajuda de mega “pensadores”, como o Watson?

 

O que é o Watson?

Provavelmente em cima não percebeu bem a importância do Watson, ficou alguma coisa por dizer, afinal o que mostrou este “super computador”?

Watson é um supercomputador desenvolvido pela IBM com um poder “incomum” de pesquisa de informações em enormes quantidades de dados para responder a questões complexas e difíceis de serem respondidas em curtíssimos espaços de tempo.

Watson vem do nome de Thomas J. Watson, fundador da IBM, que liderou a empresa durante 42 anos. Optimista e progressista, Mr. Watson sempre incentivou os seus funcionários a “PENSAR” – uma acusação que ainda permanece como o lema e ética da IBM de hoje.

Em grosso modo, esta super máquina foi criada pela IBM com o intuito de auxiliar os investigadores, desenvolvendo conexões (“pensamentos”) de uma forma nunca vista e num espaço de tempo inaceitável, impossível para um ser humano replicar. Esse “pensar” computacional foi destaque num jogo televisivo, que se chama Jeopardy, em Fevereiro de 2011. Esta máquina respondeu a todas as questões, teve um resultado esmagador, como podem ver no vídeo a seguir e “ganhou” o prémio de 1 000 000 de dólares da grande final.

A IBM não parou o seu desenvolvimento e os resultados em 2012 foram um prelúdio do que viria mais tarde e do que seria e será o destino do Watson, revelado no passado dia 28 de Agosto.

A IBM passou a disponibilizar este super “cérebro” digital para o segmento comercial. Os investigadores podem agora colocar questões ao Watson para que este descubra as respostas para coisas como, por exemplo, o efeito de certas proteínas no corpo, isto num curto espaço de tempo. Isto irá desenvolver investigações de um modo revolucionário, pois há resultados que para os investigadores demorariam meses e até anos e que agora podem ser obtidos em apenas alguns dias…. quem sabe até horas!

 

O que faz o Watson ser tão espacial?

Como podemos ver no vídeo produzido pela IBM, o Watson é um computador onde não se programa sobre ele, programa-se com ele. Este fenómeno da tecnologia detém uma quantidade incomum de poder para um computador. Embora não seja um dos maiores supercomputadores, ainda é um portento em hardware: tem um processador POWER7 com 2.880 núcleos e 16 terabytes de RAM. Cada núcleo tem quatro threads, permitindo-lhe executar em velocidade de “pensamento” impressionante.

A sua base de dados é gigantesca, inclui informações de enciclopédias, dicionários, reportagens e literatura em várias línguas. Também entende coloquialismos e taxonomias. Esta é, em última análise, uma máquina cujo objectivo é ter uma comunicação em formato “humano”.

Não tem uma forma de processamento igual aos outros super computadores, o Watson “pensa” com uma impressionante capacidade de entender “a linguagem humana.” Junte isso com a capacidade de formular hipóteses, e poderão ver agora os investigadores da área da saúde o seu rejubilo!

 

Poderá este supercomputador curar o Cancro?

Como podemos ver nas informações disponibilizadas no site dedicado ao Watson, esta super máquina pode interagir em várias áreas, pode estudar e analisar os mercados financeiros e informar sobre as melhores acções a tomar nesses mercados, pode ajudar nas áreas comerciais a perceber como optimizar as vendas, identificando os pontos fortes e as fraquezas das operações, e na saúde o desafio é o mesmo.

Este tipo de desfio cognitivo, a que tem sido sujeito o computador, permite que o Watson aprenda, quando está junto dos médicos a avaliar os pacientes. Esta informação permite que a máquina ofereça uma lista de opções para determinadas situações.

O supercomputador não poderá sozinho determinar uma cura, contudo, com a ajuda dos profissionais de saúde, podem ser criadas bolsas de informação onde o computador vai “beber”. A capacidade de filtrar 500 GB de informação por segundo permite um cenário novo na área da saúde, poderá ser adaptada uma nova metodologia ao trabalho pesado de pesquisar através de literatura médica e científica, por exemplo.

O hardware utilizado para construir Watson custou cerca de 3 milhões de dólares, mas este é um valor muito barato, quando se fala em grandes organizações de pesquisa industrial. Isto poderá dizer que, em breve, algumas organizações tenham os seus próprios Watsons debaixo dos seus dedos.

Mas vai mais longe a acção desta máquina. Segundo um especialista, apenas 20 por cento dos médicos têm conhecimento para diagnosticar e tratar os pacientes, o que significa que um em cada cinco diagnósticos está incorrecto ou incompleto.

Também temos de levar em conta que a quantidade de informação médica disponível está a duplicar a cada cinco anos, o problema é que grande parte destes dados estão desestruturados. Os médicos simplesmente não têm tempo para ler cada revista que os pode ajudar e que os pode manter actualizados com as últimas inovações e últimos avanços em tratamentos. Então como se pode resolver este problema?

 

Há uma solução

A solução poderá passar pelo Watson. Este terá a capacidade de compilar de forma organizada toda a informação e disponibilizá-la quer a estudantes de medicina quer a profissionais das várias áreas da saúde.

Esta máquina pode, a partir de dados de um lado, reunir respostas de outro e juntá-las, como um puzzle, resolvendo e encontrado as melhores respostas com a rapidez possível para salvar vidas. Dessa forma a saúde contava sempre com as melhores respostas para cada caso, cada paciente teria a melhor resposta a cada doença e o tratamento seria sempre o ideal. Então sim, o Watson poderia ajudar na cura do cancro!

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