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Dgioxide, um nariz digital que cheira a poluição à sua volta…

… e transforma os dados em arte digital!

A criatividade socorre-se de tudo e a tecnologia é um “tudo” que cada vez temos mais à mão. Se adicionarmos a poluição que abunda e gravita no nosso redor, então porque não fazer arte?

Parece bizarro? Sim parece, mas foi o conceito que um artista russo utilizou para criar o digioxide, um dispositivo que “cheira” a qualidade do ar circundante, obtendo de forma ‘instantânea’ os dados ambientais, em formato artístico!

Segundo a United Nations Environment Programme, por ano mais de mil milhões de pessoas estão expostas à poluição do ar exterior. Com isso, chegam diversas complicações de saúde o que se traduz numa diminuição de qualidade de vida e numa diminuição da produção económica. Embora estes efeitos sejam comuns a cada país e estejam identificados há séculos o problema persiste, e muitas vezes a nossa posição é complacente porque… o problema quase que não se vê!

Para aumentar a consciencialização ambiental sobre a poluição do ar urbano, um artista moscovita, Dmitry Morozov, desenvolveu um pequeno gadget que artisticamente visualiza dados ambientais circundantes.

Digioxide é um sensor ligado por Bluetooth que “fareja” a poluição do ar e transforma em imagens visuais abstratas o que analisa.

O dispositivo faz uma análise da composição do ar e detecta os níveis de CO (monóxido de carbono), CO2 (dióxido de carbono), HCHO (formaldeído), CH4 (metano), e C3H8 (propano) no ambiente circundante. Utilizando um micro-controlador Arduino, o Digioxide traduz esses dados em formas correspondentes e cores que compõem as criações artísticas glitchy.

O gadget tem um lado muito tecnológico, porque traz acoplado ao Arduino uma impressora, pequena, daquelas móveis, para que o “artista” imprima na hora o resultado da “poluição”, mas em forma de arte. As tonalidades mostram o grau de pureza do ar, eventualmente um verde mais claro dará a impressão de ambiente mais saudável, enquanto tons mais carregados demonstraram mais poluição.

A ideia pode ser mais simples para passar uma mensagem às pessoas, as cores podem mostrar aos habitantes que vivem num ambiente carregado, escuro porque a poluição existe, ou mostrar que é saudável viver onde estão naquele momento. As pessoas não têm uma consciência permanente dos riscos até que as doenças lhes batem à porta. Esta é uma mensagem, em formato artístico tecnológico que Dmitry Morozov pretende passar.

Mas então é simples ter este tipo de informações ambientais?

É, não há é vontade para que este tipo de informações chegue ao domínio público, como podemos ver a tecnologia é simples e pode estar ao alcance de cada um, sem grandes habilidades ou projectos de envergadura gigante. O necessário é despertar a consciência de cada um.

Mais informações Digioxide.

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