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Depois dos Smartphones, das SmartTVs… chegam as Smartguns

Na Era em que tudo é inteligente, são os telefones, os equipamentos domésticos, até aquilo que vestimos já pode ser inteligente, eis que se começa a ouvir falar de armas inteligentes. Esta não é nenhuma novidade, na verdade fala-se em armas inteligentes há muitos anos, ou pelo menos em algo com a sua essência, mas é agora que começa a haver algum debate em torno destes equipamentos. Conheça um pouco mais sobre esta tecnologia e a contestação que está a gerar.

Smartguns contra gente burra

As potencialidade dos mais variados objectos ditos “inteligentes” são cada vez mais exploradas e mais bem recebidas por todos, de uma forma geral. A capacidade de interacção e monitorização do utilizador, ou do meio que o envolve, são as principais vantagens deste tipo de tecnologia.

No que toca ao armamento inteligente a situação é mais delicada. Não estamos a falar propriamente de uma novidade tecnológica, mas sim de um tema que tem vindo a levantar alguma polémica, já que são os defensores do porte de armas que mais estão contra a utilização das mesmas, enquanto que os que se mantém num posição contrária as defendem.

 

Mas em que consistem as armas inteligentes?

 

Armas Inteligentes

O termo Smart Gun, apesar de ser uma marca registada pela Mossberg, é normalmente utilizado para definir o conjunto de armas que trazem consigo uma série de tecnologias integradas, desde sensores de proximidade, ímanes, identificador de frequências de rádio, micro-chips e sensores biométricos, que fazem com que estes objectos sejam muito mais seguros. Uma das suas principais características prendem-se com o facto de só poderem ser disparadas pelo proprietário.

A ideia deste tipo de armas não é nova, já existem alguns modelos no mercado e uma série de empresas a desenvolver protótipos destas armas.

Nos últimos tempos tem sido uma pistola de calibre 22 que tem recebido maior atenção, a Armatix iP1, que apenas pode ser disparada se estiver a uma distância curta (cerca de 25 centímetros) de um relógio ligado através de radiofrequências, como se pode ver na imagem representativa, a baixo.

Contudo, existe uma panóplia de soluções, desde as armas ligadas a anéis com o mesmo sistema RFID, a outras que têm incorporados leitores de impressão digital.

Não são raros os casos de acidentes que acontecem quando as crianças encontram as armas dos pais e decidem fazer delas uma brincadeira. Com armas deste género, com mecanismos de segurança que as impeçam de disparar, seria provável que estes casos diminuíssem. Estes casos e tantos outros, como os de homicídios que ocorrem com recurso a armas roubadas.

Muitos Estados americanos e mesmo a própria União Europeia consideram que as armas inteligentes são uma pedra basilar para a segurança e prevenção de roubo e uso indevido de armas.

Mas se estes são argumentos válidos para a utilização destas armas, e argumentos defendidos por uma série de vozes que até são contra o uso de armas, existem outros tantos argumentos contra que parecem ser mais fortes que os a favor.

Os argumentos

A legalização deste tipo de armas e a sua comercialização tem sido muito contestada. Os defensores do uso e porte de armas, consideram que, por exemplo, perante uma situação de perigo iminente, a tecnologia incutida nas armas pode falhar, além disso têm medo de vir a ser vítimas por parte de hackers, e afirmam que a segurança defendida pode ser quebrada facilmente.

Nos Estados Unidos, por exemplo, os proprietários de duas lojas de armas que anunciaram a venda da Armatix iP1 foram ameaçados de morte, sendo obrigados a abandonar a ideia.

Contudo, existe um pequeno grupo de pais de vítimas do massacre de Sandy Hook, que ocorreu em dezembro de 2012, juntaram-se para financiar projetos tecnológicos que promovam a utilização mais segura de armas de fogo.

Considera que a utilização de armas inteligentes possa ser uma verdadeira solução para o aumento da segurança?

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