A evolução no segmento dos processadores tem sido abismal. Se há uns anos tínhamos processadores grandes (em tamanho), hoje num SoC (System on Chip) temos o CPU e mais um conjunto de sensores.
Recentemente foi revelado o CPU neuromórfico que oferece o melhor desempenho para o mundo da Inteligência artificial. Este pequeno “cérebro” consegue realizar 10 triliões de operações por segundo (TeraOPs/s).
CPU neuromórfico óptico: Mais de 10 triliões de operações por segundo
Um novo processador neuromórfico ótico desenvolvido pela Swinburne University of Technology é 1000 vezes mais rápido do que qualquer processador anterior. Este processador, direcionado para inteligência artificial (IA), consegue realizar mais de 10 triliões de operações por segundo (TeraOPs/s).
A invenção pode revolucionar as redes neuronais e o processamento neuromórfico em geral. “Esta descoberta foi alcançada com “micro-pentes ópticos”, como foi nosso recorde mundial de velocidade de dados de internet revelado em maio de 2020”, disse num comunicado o professor David Moss de Swinburne, um dos responsáveis por este projeto.
“Micro-pentes” são novos dispositivos compostos por centenas de lasers infravermelhos, todos mantidos num único chip. Em comparação com outras fontes óticas, os micro-pentes são muito menores, mais leves, mais rápidos e mais baratos. A nova inovação demonstrada pela equipa de Swinburne usa um único processador, que intercala simultaneamente os dados no tempo, comprimento de onda e dimensões espaciais por meio de um único chip micro-comb (pequeno chip).
Reduções de custos e energia
De acordo com o professor Arnan Mitchell, da RMIT University, a “tecnologia é aplicável a todas as formas de processamento e comunicações” e resultará em reduções significativas de custos e consumo de energia no futuro.
As redes neurais convolucionais foram fundamentais para a revolução da inteligência artificial, mas a tecnologia de silício existente apresenta cada vez mais um gargalo na velocidade de processamento e eficiência energética.
Este avanço mostra como uma nova tecnologia ótica torna essas redes mais rápidas e eficientes e é uma demonstração profunda dos benefícios do pensamento interdisciplinar.
A computação neuromórfica caracteriza-se pela implementação de circuitos que imitam a biologia do sistema nervoso. Através desta tecnologia, o modo como hoje a computação funciona, nomeadamente ao nível da Inteligência Artificial, tornar-se-á mais evoluído e adaptado às exigências do ser-humano na sua dinâmica homem-máquina.