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Adesivo inteligente avalia a necessidade de medicação

… e aplica a dosagem necessária a cada momento.

O consumo controlado de drogas é algo que deve ser levado muito a sério. Dependendo da patologia diagnosticada, a medicação é ingerida ou aplicada com determinada periodicidade, dependendo também do tempo de acção de cada dose, e tipicamente é o paciente que fica responsável por se medicar. Mas há vários factos que podem ocorrer e que não favorecem o correcto tratamento: esquecimento da toma do medicamento por parte do doente, prescrição de dosagem errada, efeitos secundários não espectáveis pelo médico ou que o doente seja dependente de drogas sem que o médico o saiba.

É neste sentido que um adesivo inteligente poderá ser determinante no tratamento correcto de uma doença.

Uma equipa de investigadores Sul-Coreanos publicou um artigo científico onde demonstra como um dispositivo wearable (ou “vestível”) multifuncional, concretamente um adesivo electrónico, pode ser utilizado para diagnóstico e terapia de determinados tipos de patologia.

O sistema é composto por três partes essenciais: sensores fisiológicos, memória não-volátil e actuadores para dispensar medicação.

Até então já existiam dispensadores contínuos de medicação mas o seu grande problema prende-se com a ausência de feedback do estado paciente, ou seja, independentemente da sua necessidade, a quantidade de medicação dispensada é sempre a mesma.

A grande novidade aqui é a capacidade de controlo de todo o processo mediante a informação recolhida pelo sistema sensorial, com a enormíssima vantagem de ser um sistema não-invasivo e de dimensões praticamente desprezíveis.

O adesivo tem um comprimento de cerca de 5 centímetros, flexível e composto por nanomateriais: integração monolítica de nanomembranas e electrónica “elástica” sobre um tecido de substracto de polímero. As nanopartículas são de sílica, sensíveis ao calor, capazes de monitorizar a actividade muscular e dispensar medicação baseada na temperatura do paciente.

Como primeira abordagem, este é um sistema limitado ao nível sensorial, no entanto é adequado por exemplo para as pessoas que sofrem da doença de Parkinson: assim que são detectados tremores com determinada intensidade, o dispensador liberta uma quantidade de medicamento.

Embora seja um wearable, ainda não é controlável remotamente, mas tudo indica que futuramente será possível integrar componentes que permitirão liga-lo à rede.

Não será de esperar que este produto chegue ao mercado em menos de 5 anos, no entanto é um passo importantíssimo na investigação relacionada com pacientes com necessidades específicas na medicação.

Via | The Verge Fonte | Nature

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