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Google tem vergonha dos números de distribuição do Android

Não há outra explicação para o súbito desaparecimento da até então disponibilização mensal de todos os indicadores. Anteriormente, todos os meses prestava atenção às tabelas de distribuição do sistema operativo pelos smartphones Android. Entretanto, deixou de ser possível, através de indicadores oficiais, saber exatamente os valores em questão.

O que terá levado a Google a omitir este indicador, terá sido o Android Pie?


Então, o que fazer agora? Embora existam outras fontes que analisem a distribuição do sistema pelos smartphones Android, não possuem o mesmo cariz oficial. Porém, somos agora confrontados com uma nova realidade em que a Google não revela, mensalmente, as informações necessárias para apurar o status quo.

A notória ausência das tabelas de distribuição

Ainda que já tivesse comentado a situação internamente, esta omissão torna-se agora gritante e uma admissão passiva de culpa. A Google, incapaz de conter o flagelo da fragmentação do seu sistema operativo, resolveu cortar a fonte de artigos mensais que apontavam isso mesmo. Aliás, o fenómeno foi-se agravando.

Da mesma forma que gostamos de avaliar o desempenho do nosso projeto, enquanto techblogger era já um hábito avaliar de que forma é que uma certa versão do sistema operativo crescia e, ao mesmo tempo, quais é que estavam a diminuir. Infelizmente, deixa de ser possível usufruir dos gráficos e tabelas bem organizadas.

Ainda numa outra casa, apercebi-me de que a última vez que as Dashboards foram atualizadas corria o mês de outubro. Aliás, a 26 de outubro de 2018, data da última recolha e publicação de dados. Por conseguinte, já se passaram mais de 5 meses sem qualquer informação oficial ou dados de distribuição pelos smartphones.

Será que o Android Pie já é relevante em 2019?

Afinal, passado todo este tempo, será de esperar que a versão já esteja disponível em mais smartphones Android. Até porque daqui a alguns meses, entre maio e agosto, chegará o seu sucessor – Android Q. Assim, sendo, seria deveras interessante poder avaliar o pulsar de cada uma das várias versões desta plataforma.

Contudo, a Google não parece estar com vontade de revelar esses dados. Aliás, não foi só o Google+ a chegar ao fim, mas também estas tabelas de distribuição. Dessa forma, teremos que nos cingir a indicadores externos – não oficiais – ou, ignorar simplesmente este tipo de indicadores. Em seguida temos o último quadro:

Previamente ao encerramento discreto do serviço, fomos apenas contemplados com uma mensagem de “data feed under maintenance” – serviço de recolha de dados sob manutenção. Infelizmente esta “manutenção” foi o seu fim e já então, em dezembro, o atraso era notório.

Terá a Google vergonha da adesão ao Android Pie?

Sendo inegavelmente o sistema operativo mais popular no mundo, a medida é realmente estranha. Até à data estas adversidades nunca levaram a empresa a retrair-se desta forma. Note-se que parte da sua popularidade é devida ao facto de o sistema correr em milhões de modelos diferentes de smartphones Android.

Por conseguinte, nunca todos eles terão a mais recente versão da plataforma, sendo este o causador da fragmentação. É inegavelmente uma espada de dois gumes, pois, se por um lado torna o Android extremamente popular, por outro torna-se virtualmente impossível atualizar uma miríade de smartphones.

Ainda por cima, o controlo das atualizações repousa nas mãos das fabricantes. Algo que vai ao encontro da política de abertura da Google, mas que também acarreta as suas consequências. Com uma maior liberdade vem uma redobrada responsabilidade. Ora, por vezes essa não é a prioridade das grandes OEMs.

A Google não pode obrigar as OEMs a atualizarem os smartphones Android

Pode incentivar, e para tal criou o Project Treble. Contudo, não pode substituir-se ao painel de direção de cada uma das centenas de OEMs e decidir quais e quando é que determinados smartphones Android serão atualizados. Por outras palavras, a Google tem que respeitar o livre arbítrio das várias empresas.

Em suma, estamos impedidos de avaliar uma importante métrica. Algo que nos dizia se as fabricantes estavam a fazer um bom trabalho ao atualizar os smartphones Android. Além disso, podíamos ver como estava a crescer o Android Pie, e a partir daqui fazer várias outras ligações.

Assim, estamos completamente vedados a essa informação e isso nunca é um bom sinal. De igual forma, esta atitude também já está a ser escrutinada em vários fóruns como o Reddit.

O que terá motivado a Google a tomar esta postura?
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