A Europa, mais concretamente a Comissão Europeia, está cada vez mais atenta às atividades da Google. Em causa está agora a alegada concorrência desleal, consubstanciada na sua ferramenta de oferta e procura de posto de trabalho. Agora, pela mão de Margrethe Vestager, têm início as investigações à tecnológica.
As preocupações já são conhecidas, um possível abuso da posição dominante da Google.
Os reguladores da União Europeia pretendem saber se a plataforma Google Jobs está, ou não, a abusar da sua posição dominante. Algo que foi previamente denunciado, por um consórcio de operadores da área. Aliás, essa mesma posição pode ser consultada no artigo no final da página, datando de 14 de agosto.
Em causa está a plataforma Google Jobs
Assim, cerca de duas semanas após a exposição inicial, o assunto começa a ser investigado pela Comissão Europeia. Mais concretamente, pela comissária para a concorrência, Margrethe Vestager, um nome já bem conhecido da empresa, querendo agora perscrutar a verdade nas acusações prévias.
Importa ainda referir que a plataforma da Google em questão foi lançada há cerca de dois anos. Entretanto, o crescimento da mesma estará a afetar diretamente a prestação das concorrentes ao ponto de as rivais terem feito ouvir as suas queixas junto da Europa e, mais concretamente, da Comissão Europeia.
Entre si, um total de 23 plataformas e sites de procura e oferta de trabalho na Europa apresentaram as suas queixas ao regulador europeu. Aí foi pedido que a Google interrompesse de imediato a atividade do seu Jobs, sobretudo durante o curso da investigação. No entanto, esse último pedido não foi atendido.
Margrethe Vestager ouviu as queixas entregues na Comissão Europeia
Com efeito, a comissária está agora a liderar as investigações, além de comentar junto da Reuters que a Comissão Europeia tomaria novas regras para refrear as gigantes tecnológicas caso estas não obedeçam às regras de mercado, bem como à promoção de um mercado justo e competitivo.
Estamos realmente a apurar se o mesmo pode ter sido aplicado noutras áreas de operação da Google. Sobretudo quando se trata de uma empresa tão vasta e diversificada. No entanto, a investigação foca-se agora na plataforma de procura de trabalho conhecida como Google for Jobs.
Vemos, portanto, que a Comissão Europeia tem um interesse bem definido na regulação das principais tecnológicas mundiais. Isto é, estando ciente da importância e poder de mercado de tais empresas, a sua atividade é cada vez mais vigiada. Com efeito, este é apenas o mais recente capítulo de uma longa história.
Há ainda uma questão mais abrangente para a nossa sociedade europeia. Isto é, importa saber se uma só empresa como a Google e outras podem, ou devem sequer ter tamanho poder e controlo sobre o sucesso, ou falhanço, de outras empresas. Atualmente as gigantes são livres de exercer tal poder no sentido que bem quiserem, acrescentou Vestager.
A situação será investigada. Aí sim, caso as conclusões apontem no sentido de ser necessária mais regulação e legislação, tomaremos as ações necessárias. Importa saber se estas plataformas utilizam o seu poder de uma forma que é justa e não descrimina, aponta a comissária.
Vestager é o mesmo rosto que entregou à Google uma multa de 8,25 mil milhões de euros. Aí estando em causa práticas anticoncorrenciais por parte da gigante tecnológica.
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