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Google despediu o engenheiro que disse que um sistema de IA da empresa tem sentimentos

A inteligência artificial é um conceito que, cada vez mais, tem sido amplamente abordado no mundo tecnológico. Esta tecnologia respeita à capacidade e inteligência de as máquinas executarem tarefas mais complexas que, por norma, são realizadas pelos seres vivos cognitivamente capazes, como o ser-humano.

No entanto, a IA refere-se essencialmente à capacidade das máquinas poderem usar a lógica, mas não a capacidade emocional. Mas, recentemente, um engenheiro da Google afirmou que um dos sistemas de Inteligência Artificial da empresa teria sentimentos próprios. Por sua vez, as últimas notícias indicam que a gigante tecnológica despediu agora esse mesmo engenheiro.


Há pouco mais de um mês noticiámos que um engenheiro da Google afirmou que, para além das suas capacidades verbais, um dos sistemas de Inteligência Artificial da empresa tinha sentimentos próprios. Em concreto, o engenheiro designado Blake Lemoine alegou que o sistema de chatbot LaMDA (The Language Model for Dialogue Applications) teria sentimentos.

Por sua vez, e na altura, a Google considerou que não existiam provas ou elementos que corroborassem esta teoria, e o engenheiro foi fortemente criticado também por vários cientistas importantes que descreveram a opinião de Lemoine como sendo um equívoco e adiantaram que o LaMDA é apenas um algoritmo complexo projetado para gerar uma linguagem humana convincente.

Como consequência, após as declarações, o funcionário foi colocado num regime de licença remunerada.

Blake Lemoine: ex-engenheiro da Google

Google despede engenheiro que disse que um sistema de IA tinha sentimentos

A situação teve novos desenvolvimentos, e na passada sexta-feira (22) a Google disse que havia demitido o seu engenheiro de software Blake Lemoine, devido às alegações de que o chatbot da empresa teria sentimentos próprios. Segundo a empresa, Lemoine violou as políticas da Google e considerou que as suas afirmações sobre o LaMDA eram “totalmente infundadas”.

De acordo com um email enviado por um porta-voz da gigante tecnológica à Reuters:

É lamentável que, apesar do longo envolvimento neste tópico, Blake ainda tenha optado por violar persistentemente as políticas claras de emprego e a segurança de dados que incluem a necessidade de proteger as informações do produto.

A empresa descreve o LaMBA como uma tecnologia inovadora capaz de participar em conversas de forma fluída e não programada.

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