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Como o Google transformou um ciclista inocente num suspeito de assalto?

Zachary McCoy, como muitos de nós, usa uma aplicação de fitness para registar os seus passeios de bicicleta. No entanto, o homem viu-se metido num problema quando se tornou no suspeito de um assalto. Isto aconteceu quando a polícia da Florida solicitou à Google, os dados de localização das aplicações que gravam essa informação e a partilham com terceiros.

O homem passou à hora errada no momento errado e viu-se em problemas!


RunKeeper: Google foi obrigada a dar os dados privados de ciclista

A polícia recorreu a um mandado de segurança para obter dados dos dispositivos próximos do local visado. Estes mandados (Geo-fence warrants) são usados pelas forças de segurança para conseguirem o acesso a dados das empresas que armazenam estas informações, empresas tipo a Google.

Segundo o que foi avançado pela NBC News, McCoy nunca foi à casa onde ocorreu o roubo. Contudo, ele tornou-se suspeito porque deixou a app RunKeeper ter acesso às configurações de localização e forneceu os seus detalhes de localização à Google. De acordo com o relatório, McCoy passou pela casa onde ocorreu o roubo três vezes, como era sua rota habitual. Como tal, a sua atividade e os dados resultantes foram suficientes para as autoridades o considerarem suspeito.

Em janeiro, a equipa de investigação legal da Google contactou McCoy e contou-lhe o cenário que a polícia de Gainesville está a exigir os seus dados de localização na Google. O homem descobriu, através do número do processo referido no mail da Google, que estava relacionado com um caso de roubo que ocorreu perto da sua casa.

 

Google quer menos apps a recolher a localização dos utilizadores

Felizmente, McCoy foi ilibado de todas as acusações depois de ter contratado um advogado para provar a sua inocência. Os pedidos para os mandados de segurança têm aumentado em larga escala nos últimos anos. Como relatado pela NBC, um aumento de 1500% foi testemunhado na procura de mandados de georreferência pelas agências de aplicação da lei.

Como resultado, em fevereiro de 2020, a Google declarou que em breve vai impor restrições às aplicações Android que são autorizados a monitorizar a localização dos indivíduos em segundo plano.

 

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