Foi há cerca de 2 anos que surgiram os primeiros smartwatches com Android Wear. Este sistema operativo foi a primeira proposta universal e alargada para o mercado dos wearables e em particular dos smartwatches.
A Motorola foi das primeiras marcas a embarcar nesta nova aventura e na altura apresentou o Moto 360. Infelizmente, este smartwatch parece agora ter chegado ao fim da sua vida, não recebendo sequer a versão Android Wear 2.0, que sairá em breve.
Foi na I/O deste ano que a Google deu a conhecer o Android Wear 2.0. A versão 2.0 será um visão nova, com funcionalidades que vão fazer crescer ainda mais este sistema operativo e que o vão tornar ainda mais independente.
Apesar de ser já conhecido tudo o que trará de novo, ainda demorará algum tempo a chegar aos smartwatches, sendo esperada mais para o final do ano. Com a incerteza de que equipamentos vão poder correr esta versão, as marcas têm-se mantido em silêncio, com receio de deixarem os seus clientes frustrados.
Mas a Motorola já teve de vir a público responder à questão sobre o suporte do Moto 360 para o Android 2.0 e a resposta não é a mais satisfatória. Este smartwatch não terá suporte para esta nova versão, ficando desde já preso também para futuras actualizações.
@timo_capa Unfortunately, Moto360 1 Gen will not receive the new update 2.0
— Motorola Support (@Moto_Support) 10 de junho de 2016
É claro que depois deste anúncio, muitos dos clientes da Motorola mostraram o seu desagrado. Depois de terem investido num smartwatch da marca vêem-se agora, apenas 2 anos depois, privados de actualizações e do acesso às novidades que foram preparadas.
Não é no entanto estranha esta situação. O Moto 360 foi dos primeiros smartwatches a chegar ao mercado e modelos mais recentes, como o LG G Watch, também vão ficar de fora nesta actualização. Garantida está a actualização para modelos recentes, como o Huawei Watch ou o LG Urbane.
Com um controlo muito mais apertado no que toca às actualizações do Android Wear, a Google mostra assim que mantém a sua janela de actualizações de 2 anos. Esta é uma área mais exposta ao hardware presente e a Google não quer más experiências, preferindo limitar o acesso a equipamentos que lhe garantam essa qualidade.