Foi no final do mês de janeiro que aqui demos a conhecer o Meizu Zero. Tratava-se de um smartphone Android bastante arrojado. Segundo a marca seria o primeiro “sem botões ou portas”, em campanha de financiamento coletivo.
Mas então o que aconteceu a este projeto? Segundo o CEO não passou de um projeto da equipa de marketing (que acabou por fracassar).
Meizu Zero – sem botões, sem portas, sem sucesso
A Meizu é uma fabricante de smartphones chinesa, da qual já aqui falámos algumas vezes. Apesar da marca não ter uma expressão muito grande, tem vindo a colocar no mercado alguns dos mais poderosos smartphones, como foi o caso do Meizu Pro 6 Plus, por exemplo.
A sua última grande aparição deveu-se ao anúncio de um smartphone com características peculiares e inovadoras. Um smartphone sem botões nem portas. Era o Meizu Zero.
Um crowdfunding fracassado
O Meizu Zero chegou à plataforma de financiamento coletivo, a Indiegogo, à procura de investidores. Por pouco menos de 1200 €, por financiador, a marca proponha-se a oferecer um smartphone de topo numa construção em cerâmica. O seu processador seria o Snapdragon 855, seria à prova de água, com 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento, no máximo.
Além destas características, teria um ecrã FullHD+, de 5,99″. Teria obviamente carregamento sem fios e eSIM, entre outras especificações.
Para avançar, esta campanha teria que atingir uma meta enorme, de 100.000$. Quando terminou, nem metade do valor tinha atingido.
A justificação
Perante este resultado, o CEO da empresa veio a público falar. Jack Wong referiu então que a campanha de financiamento coletivo não passou de um projeto da equipa de marketing, possivelmente para perceber a aceitação de um produto deste tipo. Segundo ele, o smartphone está mesmo a ser desenvolvido pela equipa de investigação e desenvolvimento. Mas, a surgir no mercado nunca será de forma massiva.
Fica-se, no entanto, na dúvida se esta é mesmo a verdade ou se não passa de uma desculpa para esconder o fracasso evidente que foi a campanha de crowdfunding.
Apesar disso, a ideia continua a ser válida e, quem sabe, não seja aproveitada por outra marca do segmento.