Actualmente, com tanta oferta variada no mercado, ser-se fiel a uma marca é praticamente uma tendência. O termo FanBoy é hoje imensamente utilizado e podemos verificar isso mesmo em vários comentários de artigos aqui no Pplware.
Mas o que significa isso? Por que acontece esse fenómeno? É tudo culpa das Lovemarks…
Todos sabemos o que acontece quando o Benfica, o Porto ou o Sporting perdem um jogo durante o fim-de-semana. Na segunda-feira, seja no trabalho ou na universidade, vemos como algumas pessoas estão cabisbaixas ou irritadas pela má prestação da sua equipa, enquanto que outras estão com um sorriso na cara ao longo de toda a semana.
É interessante ver como um “mero” jogo de futebol pode alterar tanto as emoções das pessoas. Uma equipa não são apenas os jogadores… são todos os seus seguidores e é por isso que, quando uma equipa perde, os seus adeptos também perdem.
Fazer parte de uma equipa ou de um grupo faz-nos sentir bem, faz-nos sentir integrados e identificados com uma ideia. Esta analogia não serve apenas para o futebol, mas também para as marcas.
As marcas que conseguem criar emoções nos consumidores são chamadas de “Lovemarks”. Elas despertam um sentimento obsessivo entre os seus consumidores que os fazem ser fiéis a elas. Muitas vezes, os argumentos para as defender nem são racionais, mas isso não importa.
Mas porquê?
O caso mais conhecido é o da Apple. Basta observar aquelas pessoas que ficam noites seguidas à espera para serem os primeiros a comprarem um iPhone. Eles querem fazer parte da marca e nem se importam se existem outros equipamentos que tirem melhores fotos ou que sejam mais rápidos. Para eles, ter um iDevice é muito mais importante que tudo isso.
Para muitos, ter um iDevice é uma questão de identidade.
O mesmo acontece com outras marcas como Android, Samsung, Microsoft, Linux, entre outras.
As Lovemarks criam uma comunidade de seguidores que aceitam e comungam as mesmas ideias, as mesmas paixões. Por detrás de todas essas marcas existem personalidades que se destacam pelo seu carisma, como é o caso de Steve Jobs.
Mas não é o único. Outra empresa muito conhecida está a tentar mudar o mundo dos automóveis. O seu CEO é uma das pessoas mais eloquentes de hoje em dia. Sabem de quem estou a falar?
Nos EUA, ter um Tesla é muito mais do que ter um carro eléctrico. Tal como o iPhone, é um objecto que identifica o seu dono e aquilo em que ele acredita.
Ter um Tesla significa acreditar no transporte sustentável.
Tal como diz Simon Sinek, não se trata de vender o que se faz, mas sim o fundamento da sua criação.
Recomendo vivamente a visualização do seguinte vídeo. Explica claramente como é que as Lovemarks vendem os seus produtos e o que as distingue do resto da concorrência.
As marcas que sabem vender convertem os compradores em fãs que, por sua vez, convencem outros a defenderem as decisões da companhia mesmo sem as entender.
A próxima vez que virem alguma discussão de iOS vs Android no Pplware, lembrem-se deste artigo!